Publicado 08/07/2021 13:17
Rio - Os dois empresários presos pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8), investigados em esquema de fraudes em processos de licitação no Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ), são também suspeitos de irregularidades por reformarem galpões do Ministério da Saúde sem licitação, durante a gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello. As informações são da 'TV Globo'.
As prisões aconteceram em Niterói e na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Agentes também cumpriram nove mandados de busca e apreensão. Na casa de um dos alvos, em Copacabana, a Polícia Federal encontrou R$ 70 mil em espécie. Também foram apreendidos aparelhos celulares e computadores.
Celso Fernandes de Mattos e Fábio Tonassi são sócios da Lled Soluções, escolhida para a reforma de galpões do Ministério da Saúde na Zona Norte do Rio, a preço de mais de R$ 8 milhões, durante a gestão do ex-ministro Pazuello. Não houve processo de licitação à época, com o argumento de que eram obras urgentes por conta da pandemia.
Desta vez, a Polícia Federal aponta que Mattos e Tonassi direcionaram processos de licitação do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Além dos empresários presos, três servidores do instituto foram afastados.
Os investigados devem responder por organização criminosa, peculato e fraudes em licitação. A Polícia Federal investiga servidores que, em troca de recebimento de valores indevidos, se associavam a empresários que eram favorecidos em contratos com o Instituto de Psiquiatria. O IPUB é referência nacional em pesquisa acadêmica sobre o tema e também em assistência - conta atualmente com 191 leitos psiquiátricos.
O grupo suspeito de fraude atuava na montagem dos processos de licitação, construídos, segundo a PF, com irregularidades. Há indícios de contratos superfaturados, direcionamento de acordos mediante pagamento de valores indevidos, e manipulação de estudos técnicos preliminares (ETP).
Em nota, a Reitoria da UFRJ afirmou que "contratações desta natureza podem ser necessárias na Administração Pública, principalmente no âmbito de hospitais, conforme previsto na Lei Federal nº 8666/93, visando ao atendimento de demandas que exijam rapidez e eficácia. Os procedimentos investigatórios são necessários e aguardamos a apuração dos fatos. Integralmente pautada pela idoneidade, a Reitoria repudia qualquer ação que atente contra os princípios que balizam a Administração Pública, elencados na Constituição Federal".
Em nota, a Reitoria da UFRJ afirmou que "contratações desta natureza podem ser necessárias na Administração Pública, principalmente no âmbito de hospitais, conforme previsto na Lei Federal nº 8666/93, visando ao atendimento de demandas que exijam rapidez e eficácia. Os procedimentos investigatórios são necessários e aguardamos a apuração dos fatos. Integralmente pautada pela idoneidade, a Reitoria repudia qualquer ação que atente contra os princípios que balizam a Administração Pública, elencados na Constituição Federal".
O DIA tentou contato com o Ministério da Saúde no Rio para comentar sobre o caso, mas não obteve retorno.
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