Rio - Agentes da Polícia Civil realizaram, nesta sexta-feira, uma operação para 'sufocar' as principais fontes de renda da milícia que é chefiada por Danilo Dias Lima, o Tandera, apontado como um dos criminosos mais procurados no Rio. Na ação, que aconteceu em bairros das zonas Oeste, Norte e Baixada Fluminense, 12 pessoas foram presas. A Polícia Civil não especificou os locais onde os agentes estiveram.

Entre os presos está um miliciano foragido da Justiça do Rio apontado como o responsável por extorsões, sequestros e cobranças em Nova Iguaçu e Seropédica. Contra ele havia mandado de prisão por extorsão mediante sequestro. Outro homem apontado como o executor da milícia também foi capturado. 

Durante a operação, agentes interditaram depósitos de gás clandestinos, lojas de roupas que servem para lavagem de dinheiro da milícia e salas usadas para distribuição de internet e TV clandestina. A operação contou com o apoio de várias delegacias especializadas. 

A polícia informou que "esse tipo de operação vem se repetindo desde o início do ano na região e comandada por diferentes delegacias do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE): Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD); Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM); Delegacia do Consumidor (Decon); Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA); Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (DC-Polinter), DESARME, DRFC, DRF, Delfaz, Dcod e da Draco, com apoio de informações do Disque-Denúncia".

Ainda segundo a Polícia Civil, investigações colocam Tandera no topo da milícia do Rio, após da morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko. Atualmente a recompensa por informações que levem à sua prisão está em R$ 5 mil.

Com alguns criminosos, foram achados espécies de porretes com arame farpado. Agentes da Draco irão investigar se esses objetos eram utilizados durante sessões de torturas contra desafetos da milícia.

- Exploração de atividades ilegais controladas pela milícia;
- Cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia;
- Instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet);
- Armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água;
- Empresas de GNV ilegais; parcelamento irregular de solo urbano;
- Exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais;
- Comercialização de produtos falsificados;
- Contrabando;
- Transporte alternativo irregular;
- Estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.