Publicado 14/07/2021 08:59
Rio - Os três sobreviventes baleados durante o ataque a tiros do guarda municipal de folga Fábio Damon Fragoso da Silva, na noite de segunda-feira (12), em Vigário Geral, seguem internados em estado grave. O autor dos disparos também tem quadro grave - ele está sob custódia policial. Todos estão internados no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Três pessoas morreram no episódio.
O ataque aconteceu na noite de segunda-feira, na Rua Mauro, em Vigário Geral. As vítimas e o autor foram levados para o Getúlio Vargas. Antônio Pereira de Souza, de 62 anos, apresentava quadro clínico estável, mas evoluiu para grave entre terça e quarta-feira. O atirador Fábio Damon, 46, baleado na perna, também se encontrava estável e passou para grave.
Wilson Lima Fraga, de 58 anos, e Lucas Ferreira de Souza Alves, de 25, baleado na barriga, já apresentavam estado de saúde grave e permanecem sob observação.
Segundo testemunhas, Wilson e Antônio foram baleados ainda no bar, após uma brincadeira que virou discussão. Fábio Damon foi em casa, pegou sua pistola - ele não tem porte de arma - e disparou contra os frequentadores do estabelecimento. Délcio Fernando Gonçalves e André Silva Ramos morreram no local. Lucas Ferreira, militar do Exército, tentou acalmar os ânimos, mas foi baleado na barriga. Anderson Pinto Lourenço, assessor parlamentar, tentou acudir Lucas e conversar com policiais militares que estavam no local, mas também foi ferido e morreu.
Uma vizinha conta que viu Fábio Damon atirar pelo menos dez vezes. "Foram mais de 10 tiros de uma vez só, então eu fui até a minha janela e me deparei com aquele louco atirando no bar, matando os dois homem que inclusive bebiam com ele. Estava extremamente alterado", afirmou a vizinha ao DIA. "Dois vizinhos apareceram para tentar ajudar a acalmar a situação, mas ele disparou novamente. Pegou no olho e na barriga de um deles. Na hora que ele ia atirar no outro, a arma travou e não tinha mais bala".
Maria Lúcia Cabral, esposa de uma das três vítimas fatais, Anderson Pinto Lourenço, 47 anos, contou que a ação de Fábio Damon durou alguns minutos e que nem mesmo amigos conseguiram deter o homem armado. O guarda só parou de atirar quando foi atingido na perna pelos policiais militares. Antes, chegou a atirar contra uma viatura.
"Ele não foi imobilizado, ninguém conseguia detê-lo. Os amigos dele tentavam convencer, mas ele dizia: 'saiam daqui se não vou atirar em vocês'. A arma estava na cintura o tempo todo. Não tinha como, ele estava muito transtornado", conta Maria Lúcia.
"Ele não foi imobilizado, ninguém conseguia detê-lo. Os amigos dele tentavam convencer, mas ele dizia: 'saiam daqui se não vou atirar em vocês'. A arma estava na cintura o tempo todo. Não tinha como, ele estava muito transtornado", conta Maria Lúcia.
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