Publicado 04/08/2021 15:07
Rio - A apuração da conduta da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) durante a soltura do integrante da cúpula do Comando Vermelho (CV) Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, será feita pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio. Inicialmente, a investigação seria feita pela 3ª Vara Criminal da Capital, mas a justiça entendeu que a competência para apurar irregularidades ocorridas na pasta é da VEP, e a transferência aconteceu na última terça-feira (03).
O Ministério Público (MPRJ), através da 1ª Promotoria de Justiça, também já havia enviado um ofício à corregedoria da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) pedindo explicações a respeito das medidas adotadas. No última dia 29, O DIA divulgou que Abelha saiu da Penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, Bangu 3, pela porta da frente, no dia 27 de julho, mesmo estando com um mandado de prisão preventiva ativo por homicídio.
A nova ordem de prisão, assinada pelo juiz Alexandre Abrahao Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), foi assinada no dia 14 de julho. O MP apontou que o juízo comunicou oficialmente à Seap sobre a decisão no dia seguinte e que a pasta acusou o recebimento imediatamente.
Por conta disso, o MP afirmou, em nota, que quer saber porquê a Seap não não entrou em contato diretamente com a serventia da 3ª Vara Criminal da Capital para sanar eventuais dúvidas sobre a soltura do traficante.
Abelha havia sido beneficiado, no dia 20 de julho, com um alvará de soltura devido a outro processo. A Seap, então, consultou o TJ, que, na tarde do dia 26, respondeu não ter mandado de prisão em relação a esse processo.
Sabendo que traficante estava para sair, a Polícia Civil, através da Polinter, avisou à Seap, às 20h57 do dia 26 de julho, de que constava um mandado de prisão pendente contra Abelha, o que indicava que ele deveria permanecer preso. Mesmo assim, ele foi colocado em liberdade.
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