Há 21 dias, Wesley registrou a abertura de uma microempresa com capital social de R$110 mil Reprodução/Redes Sociais
Publicado 16/08/2021 11:15 | Atualizado 16/08/2021 11:16
Rio - O sobrevivente do ataque ao investidor de criptomoedas, Wesley Pessano Santarém, de 19 anos, morto à tiros em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, contou à Polícia Civil do Rio que não houve resistência à abordagem dos criminosos por parte da vítima. Segundo parte do depoimento, obtido pela TV Globo, ele disse que o influenciador digital se preparava para tirar a corrente de ouro que estava em seu pescoço, quando um dos atiradores puxou a joia e iniciou os disparos.
"A reação foi entregar tudo. Aí quando ele (Wesley) foi tirar a corrente, o cara foi, arrancou, e deu os disparos", disse o sobrevivente, que foi atingido no braço esquerdo e nas costas.
Segundo as investigações, Wesley poderia estar envolvido numa disputa entre grupos concorrentes que investem em criptomoedas ou que possam ter gerado prejuízo a uma pessoa. Outra linha levantada pelos agentes é a de queima de arquivo. Na última semana, a Polícia Civil prendeu o contratante, um dos executores, além do motorista do carro.
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O delegado Pedro Medina, responsável pelas investigações, disse à TV Globo que um autores do assassinato do jovem recebeu R$ 40 mil para a executar o plano.
Recesso
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A empresa Ares Consultorias e Investimentos, da qual Wesley Pessano era sócio majoritário, comunicou neste domingo que entrará em recesso de 30 dias a partir desta segunda-feira. Em publicação no Instagram, a empresa informou que o período será utilizado "a fim de reorganizar a casa e iniciar os pagamentos do valor inicial aportado".
Na postagem, a Ares Consultorias e Investimentos enfatizou que "nenhum cliente ficará sem o ressarcimento total de seu capital investido na empresa". No entanto, não estabeleceu nenhuma data para realizar o pagamento da restituição aos investidores. Na semana passada, a instituição anunciou o encerramento, por ora, de "toda e qualquer capitação oriunda de seus clientes".
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O caso
No último dia 4, Wesley Pessano foi morto a tiros dentro de seu próprio carro, um Porsche avaliado em cerca de R$ 450 mil. 
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O investidor ostentava carros de luxo e viagens nas redes sociais. O jovem também usava seu perfil no Instagram, onde tinha 131 mil seguidores, para compartilhar o retorno financeiro rápido que tinha com seu trabalho. "Prazer, máquina de fazer dinheiro", se apresentou Wesley em uma foto.
Em uma publicação, Wesley diz ter obtido mais de R$ 55 mil em apenas um minuto. Em um vídeo compartilhado nos stories, ele mostrou ter recebido dez depósitos de R$ 5 mil ao mesmo tempo. O jovem oferecia cursos de imersão na área e fazia eventos presenciais com interessados. Em outra postagem, ele afirma ter arrecadado mais de R$ 17 mil "ao vivo", sem ter cobrado os alunos.
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