Publicado 17/08/2021 15:21
Rio - A Secretaria Municipal de Cultura anunciou, nesta terça-feira, o programa Zonas de Cultura, uma iniciativa para fomentar atividades culturais em três pontos do Rio, começando por Madureira, na Zona Norte. O bairro contará com um investimento de R$ 1,5 milhão para se transformar em um grande polo cultural. O edital para inscrição no programa vai selecionar, no dia 15 de setembro, organizações da sociedade civil que queiram desenvolver projetos locais.
A pasta prevê expandir o projeto até 2024 para transformar o Valongo, no Centro do Rio, e Santa Cruz, na Zona Oeste, em outros polos culturais. A iniciativa tem como meta atingir três milhões de pessoas na cidade.
À frente dos trabalhos, o secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini, afirmou que outros programas também estão sendo feitos e que o foco da prefeitura é recuperar a capacidade da pasta, que ele classificou como "abandonada" pela última gestão.
Quais são as expectativas que o senhor tem em relação a realização do projeto Zonas de Cultura em Madureira, e o que podemos esperar para os próximos anos em Santa Cruz e no Valongo?
Madureira é um dos grandes corações da cultura carioca, além de ser uma região popular, vibrante e com potencial enorme. O poder público tem expectativa de contribuir para criar novas centralidades criativas na cidade. Madureira já tem o Parque Madureira e agora é preciso desenvolver o potencial criativo de quem faz cultura na região. Estou bem otimista porque o maior ativo cultural no Rio é aquele que é feito nos territórios populares: favelas, periferias, Valongo… A meta é a cidade ter bairros culturais, como em grandes cidades do mundo. A criatividade vinculada ao desenvolvimento de regiões. A consolidação de meses depois de iniciar este trabalho depois de pegar a gestão cheia de problemas. São muitos os desafios, mas temos um plano e a sociedade carioca está pronta para ser a grande protagonista desta retomada. Madureira é o nosso Brooklyn (bairro de Nova Iorque), é importante começar por lá.
Para os interessados em participar do edital, como serão as etapas do processo seletivo? Como eles podem se preparar e quais serão os critérios para a aprovação dos projetos?
Neste primeiro momento estamos selecionando uma organização da sociedade civil que fará a execução do programa na região junto com artistas locais. Vai ter que criar mobilização, chamamento público para a execução dos calendários culturais e o apoio a artistas da região. Vai ser em cima de metas, então será preciso monitorar. Vai ter recursos para gente de Madureira e gente de fora que faz trabalhos culturais em Madureira. [Será possível realizar] uma intervenção urbana no BRT, a ideia é transformar o espaço do BRT num espaço com obras de arte. Então essa organização vai cuidar da implementação e esta é a primeira Zona de Cultura, a partir do ano que vem vamos fazer mais.
O Rio ainda sofre com uma grande desigualdade e a maior parte das iniciativas culturais ainda está concentrada na Zona Sul da cidade. Qual o balanço sobre esse problema e como a cidade pode superar esta questão?
Desde janeiro deste ano a gente vem fazendo mudanças na política pública e também na própria visão da pasta para uma caminhada em relação à democratização dos espaços. Nossa missão é fazer com que as oportunidades e desenvolvimento aconteçam pela cidade toda. Com isso, o Rio ganha mais diversidade, a cultura se fortalece como um agente de desenvolvimento, além da diminuição da desigualdade. Por isso, a primeira coisa que fizemos foi uma mudança na Lei Municipal de Incentivo a Cultura, a lei do ISS, reservando 20% dos recursos destinados às empresas para serem investidos nas áreas de planejamento três, quatro e cinco, que compreendem a Zona Norte e Oeste.
À frente dos trabalhos, o secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini, afirmou que outros programas também estão sendo feitos e que o foco da prefeitura é recuperar a capacidade da pasta, que ele classificou como "abandonada" pela última gestão.
Quais são as expectativas que o senhor tem em relação a realização do projeto Zonas de Cultura em Madureira, e o que podemos esperar para os próximos anos em Santa Cruz e no Valongo?
Madureira é um dos grandes corações da cultura carioca, além de ser uma região popular, vibrante e com potencial enorme. O poder público tem expectativa de contribuir para criar novas centralidades criativas na cidade. Madureira já tem o Parque Madureira e agora é preciso desenvolver o potencial criativo de quem faz cultura na região. Estou bem otimista porque o maior ativo cultural no Rio é aquele que é feito nos territórios populares: favelas, periferias, Valongo… A meta é a cidade ter bairros culturais, como em grandes cidades do mundo. A criatividade vinculada ao desenvolvimento de regiões. A consolidação de meses depois de iniciar este trabalho depois de pegar a gestão cheia de problemas. São muitos os desafios, mas temos um plano e a sociedade carioca está pronta para ser a grande protagonista desta retomada. Madureira é o nosso Brooklyn (bairro de Nova Iorque), é importante começar por lá.
Para os interessados em participar do edital, como serão as etapas do processo seletivo? Como eles podem se preparar e quais serão os critérios para a aprovação dos projetos?
Neste primeiro momento estamos selecionando uma organização da sociedade civil que fará a execução do programa na região junto com artistas locais. Vai ter que criar mobilização, chamamento público para a execução dos calendários culturais e o apoio a artistas da região. Vai ser em cima de metas, então será preciso monitorar. Vai ter recursos para gente de Madureira e gente de fora que faz trabalhos culturais em Madureira. [Será possível realizar] uma intervenção urbana no BRT, a ideia é transformar o espaço do BRT num espaço com obras de arte. Então essa organização vai cuidar da implementação e esta é a primeira Zona de Cultura, a partir do ano que vem vamos fazer mais.
O Rio ainda sofre com uma grande desigualdade e a maior parte das iniciativas culturais ainda está concentrada na Zona Sul da cidade. Qual o balanço sobre esse problema e como a cidade pode superar esta questão?
Desde janeiro deste ano a gente vem fazendo mudanças na política pública e também na própria visão da pasta para uma caminhada em relação à democratização dos espaços. Nossa missão é fazer com que as oportunidades e desenvolvimento aconteçam pela cidade toda. Com isso, o Rio ganha mais diversidade, a cultura se fortalece como um agente de desenvolvimento, além da diminuição da desigualdade. Por isso, a primeira coisa que fizemos foi uma mudança na Lei Municipal de Incentivo a Cultura, a lei do ISS, reservando 20% dos recursos destinados às empresas para serem investidos nas áreas de planejamento três, quatro e cinco, que compreendem a Zona Norte e Oeste.
Nosso diagnóstico foi que existia uma provável concentração de recursos dessa lei para a Zona Sul e Região Central do Rio. Tivemos um aumento de 3000% nos produtos culturais que tentaram conseguir os recursos... Fora isso, lançamos o 'Aprendiz Cultural', para jovens aprenderem uma profissão na área da cultura com bolsa, com isso o nosso segmento vira um agente de geração de renda para a juventude de saída da crise.
*Estagiário sob supervisão de Thiago Antunes
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