Segundo as investigações, Glaidson, cujo histórico profissional era de garçom, movimentou em pouco tempo R$ 2 bilhões nas contasLetycia Rocha (RC24h)
Publicado 27/08/2021 20:14 | Atualizado 27/08/2021 20:15
Rio - A Justiça Federal do Rio manteve a prisão preventiva de Glaidson Acácio dos Santos, durante audiência de custódia, nesta sexta-feira (27). As informações são do G1. Glaidson foi preso na última quarta-feira (25), na operação "Kryptos" da Polícia Federal, em uma casa de alto padrão, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A ação foi realizada contra donos da GAS Consultoria, com sede em Cabo Frio, na Região dos Lagos, responsável por fraudes envolvendo o mercado de criptomoedas.
A operação resultou na prisão de cinco pessoas. A Justiça também decidiu manter a prisão de Tunay Pereira Lima e sua esposa, Marcia Pinto dos Anjos. Os outros dois presos na ação, Arthur dos Santos Leite, apontado como "trader" da empresa, e Guilherme Silva de Almeida, sócio de uma das empresas de Glaidson, também passaram por audiência de custódia nesta sexta e serão soltos.
O advogado Thiago Minagé, que defende Glaidson, informou ao G1 que recebeu de forma respeitosa a decisão, mas vai entrar com um habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF). Nesta quinta-feira (26), apoiadores e investidores da GAS ocuparam a orla da Praia do Forte, em Cabo Frio, pedindo pela liberdade do dono da empresa. Clientes também criaram um abaixo-assinado pedindo pela manutenção das atividades da empresa e pela revogação da prisão, até que se prove que as atividades dele são ilícitas.
Até 2014, Glaidson Acácio era garçom em um restaurante em Búzios. Entre 2018 e 2019, abriu empresas de consultoria e investimentos em criptomoedas e, desde então, movimenta muito dinheiro no mercado de moedas digitais. Em sua casa, os agentes encontraram barras de ouro, carros de luxo e cerca de R$14 milhões, que precisaram ser transportados em um carro forte.
Segundo as investigações, a empresa GAS Consultoria é responsável por um esquema de pirâmide chamado 'ponzi', que prometia um "insustentável retorno financeiro sobre o valor investido". Pessoas aportavam grandes quantidades de dinheiro no esquema, que prometia lucros de 10% ao mês sobre o valor investido. O lucro, no entanto, não chegava - tudo o que entrava na empresa ficava com Glaidson e os sócios, segundo a PF.
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