Justiça adia novamente o julgamento dos militares envolvidos nas mortes do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano MacedoEstefan Radovicz / Agencia O Dia
Publicado 14/09/2021 15:59
Rio - A Justiça Militar adiou pela terceira vez o julgamento dos 12 militares do Exército envolvidos na ação que disparou 257 tiros e terminou com as mortes do músico Evaldo dos Santos Rosa e o catador Luciano Macedo, em 7 de abril de 2019, no bairro de Guadalupe, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O julgamento que estava marcado para esta quarta-feira (15) foi reagendado para o dia 13 de outubro, às 9 horas. A juíza federal substituta da Justiça Militar, Mariana Aquino, acatou o terceiro pedido de adiamento feito pela defesa dos réus.
O advogado dos militares apresentou declaração médica indicando o agravamento do seu próprio quadro de saúde e com indicação de repouso vocal por 14 dias, o que inviabilizaria sua sustentação oral no tribunal.
Histórico de adiamentos
Em março desse ano, a Justiça Militar marcou a primeira data do julgamento para 7 de abril. A defesa dos réus argumentou sobre o agravamento da pandemia e conseguiu o adiamento para 7 de julho. Em junho, o advogado dos militares relatou não estar plenamente imunizado contra a covid-19 e obteve a remarcação para 15 de setembro. Agora, o mesmo profissional, alegando complicações nas cordas vocais, conseguiu a remarcação para 13 de outubro.
Relembre o caso
O músico Evaldo Rosa, de 51 anos, seguia com a família para um chá de bebê quando o seu carro foi alvejado por mais de 80 tiros disparados por um grupamento militar que, supostamente, teria confundido o veículo com o de bandidos. Segundo laudos técnicos, foram disparados 257 tiros na ação.
Evaldo morreu na hora, mas seus parentes conseguiram escapar. Luciano, que estava nas proximidades e tentou ajudar a família, acabou sendo também baleado e morreu dias depois. Os militares respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e omissão de socorro.
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