Carro onde estava o músico Evaldo Rosa foi atingido por 80 tirosReprodu

Por O Dia
Rio - A Justiça Militar do Rio marcou, para o próximo dia 7, o julgamento de 12 militares réus pelas mortes do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, e do catador de latinhas Luciano Macedo. O caso aconteceu em abril de 2019, no bairro de Guadalupe, na Zona Norte do Rio.
O músico seguia com a família para um chá de bebê quando o seu carro foi alvejado por mais de 80 tiros disparados por um grupamento militar que, supostamente, teria confundido o veículo com o de bandidos. Segundo laudos técnicos, foram disparados 257 tiros na ação.
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Evaldo morreu na hora, mas seus parentes conseguiram escapar. Luciano, que estava nas proximidades e tentou ajudar a família, acabou sendo também baleado e morreu dias depois. Os militares respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e omissão de socorro.
Justiça quer a condenação de oito militares
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Em fevereiro deste ano, o Ministério Público Militar (MPM) solicitou a prisão de oito dos 12 militares do Exército acusados pelas mortes do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, do catador de latinhas Luciano Macedo e pela tentativa de homicídio do sogro de Evaldo, Sérgio Gonçalves de Araújo, que também foi baleado, mas sobreviveu.
"Os acusados definitivamente, por prova segura e inconteste dos autos não estavam em situação de legítima defesa. Os militares apertaram os gatilhos de seus fuzis sem previamente certificarem-se de quem eram as pessoas à sua frente. E o fizeram - que fique claro - porque desejavam executar as pessoas que estavam dentro do veículo, acreditando que ali se encontravam os criminosos com quem haviam trocado disparos anteriormente", diz trecho da manifestação do MPM no processo.
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No documento, o MPM cita os seguintes militares: Tenente Ítalo da Silva Nunes, Sargento, Fábio Henrique Souza Braz da Silva, Cabo Leonardo Oliveira de Souza, Soldado Gabriel Christian Honorato, Soldado Matheus Sant’Anna, Soldado Marlon Conceição da Silva, Soldado João Lucas da Costa Gonçalo e Soldado Gabriel da Silva de Barros Lins.
O ministério pediu ainda a absolvição de outros quatro militares que participaram da ação, mas negaram que tenham efetuado disparos. São eles: Cabo Paulo Henrique Araújo Leite, Soldado Wilian Patrick Pinto Nascimento, Soldado Vitor Borges de Oliveira e Soldado Leonardo Delfino Costa.