Publicado 17/09/2021 07:45
Rio - Os ataques a vans que levou pânico à região de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste do Rio, foi o estopim de um conflito que já era temido pelos moradores. Mensagens de áudios enviadas em grupos dos bairros alertaram para o que poderia acontecer.
"O grupo do Tandera está cobrando dinheiro na área do falecido Ecko. E o pessoal do Ecko não quer deixar, porque se tiver que pagar vai pagar para o pessoal do Ecko e não do Tandera. É aquela famosa frase: ou taxa, ou fogo, ou vala", relata um áudio divulgado pela 'TV Globo'.
Desde a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho, durante uma operação da Polícia Civil, os bairros de Santa Cruz, Paciência e Campo Grande são alvos de disputas entre dois grupos de milicianos: um deles é comandado por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Ecko e que ficou com o espólio territorial do miliciano. Do outro lado, Danilo Dias Lima, o Tandera, tenta avançar sobre os bairros que são dominados pela família Braga.
Na última quarta-feira (15), dois homens, supostamente integrantes da milícia, foram mortos no Bairro Dom Bosco, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo relatos das redes sociais, a dupla passavam pela Avenida Abílio Augusto Távora, quando foram mortos por rivais. Os corpos das vítimas chegaram a ser filmados por moradores da região.
No sábado, em Santa Cruz, grupo de quatro homens armados invadiu um posto de gasolina e executou um homem que estava dentro de um carro. Dentro do veículo da vítima, policiais encontraram um carregador de pistola e um colete balístico. A Delegacia de Homicídios (DHC) e a 36ª DP (Santa Cruz) investigam se o caso tem relação com a disputa entre os milicianos.
Comércio fechado e toque de recolher
Comerciantes da Avenida João 23, na Zona Oeste do Rio, fecharam as portas na quinta-feira (16) por conta da guerra interna entre integrantes da maior milícia do Rio. Informações dão conta da morte de três pessoas provocadas pelos confrontos, mas a Polícia Militar só confirmou a morte de duas. Relatos nas redes sociais falam sobre a possibilidade de um toque de recolher ordenado pelos criminosos.
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