Publicado 13/10/2021 21:33 | Atualizado 14/10/2021 06:35
Rio - O promotor do Ministério Público Militar (MPM), Luciano Moreira Gorrilhas, durante a réplica sobre as alegações da defesa no caso Evaldo Rosa, nesta quarta-feira feira, criticou a estratégia do advogado Paulo Henrique Pinto Melo, responsável pela defesa dos 12 militares.
"Ele não enfrenta, em momento nenhum esse fato principal, ele cria um espantalho ataca e demoniza. Totalmente falacioso. A defesa limitou-se a trazer testemunhas que não presenciaram nada. Aquelas sem relevância jurídica, do tipo: 'ouviu dizer'. A defesa procura desacreditar o acusador. Não enfrenta o fato principal, os 62 tiros deflagrados contra o carro", pontuou o jurista.
Segundo ele, o advogado de defesa também dá a entender que a denúncia do MP imputa a todo Exército culpa pela ação dos oito militares.
"Quem aqui imputou ao Exército algum fato criminoso? Ninguém. Ela usa o apelo para emocionalmente embaraçar a mente dos senhores juízes militares. Os senhores estão condenando 8 acusados que violaram o código penal", disse o promotor, que conclui: "A defesa não ataca o fato principal e coloca o Exército no banco dos réus".
O MP também questiona a informação passada pela defesa de que o tráfico local, comandado pelo criminoso chamado de "Coronel", teria destruído três veículos blindados naquele mesmo dia. "Não teve isso", pontuou o promotor, apresentando ainda um relatório que só indicava duas perfurações em dois dos blindados, enquanto no terceiro haveria apenas uma.
Gorrilhas também questionou essa relação de causalidade dos fatos apontada pela defesa, que disse ter relação direta entre a troca de tiros ocorrida pela manhã na operação feita pelos militares no Muquiço, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, com o incidente que resultou na morte de Evaldo e Luciano: "Não tem esses dados. Diante da falta de dados. Qual o caminho do inquérito? O arquivamento ", comentou o promotor, que também foi o responsável pelo arquivamento do processo que vinculada os dois casos.
"Ele não enfrenta, em momento nenhum esse fato principal, ele cria um espantalho ataca e demoniza. Totalmente falacioso. A defesa limitou-se a trazer testemunhas que não presenciaram nada. Aquelas sem relevância jurídica, do tipo: 'ouviu dizer'. A defesa procura desacreditar o acusador. Não enfrenta o fato principal, os 62 tiros deflagrados contra o carro", pontuou o jurista.
Segundo ele, o advogado de defesa também dá a entender que a denúncia do MP imputa a todo Exército culpa pela ação dos oito militares.
"Quem aqui imputou ao Exército algum fato criminoso? Ninguém. Ela usa o apelo para emocionalmente embaraçar a mente dos senhores juízes militares. Os senhores estão condenando 8 acusados que violaram o código penal", disse o promotor, que conclui: "A defesa não ataca o fato principal e coloca o Exército no banco dos réus".
O MP também questiona a informação passada pela defesa de que o tráfico local, comandado pelo criminoso chamado de "Coronel", teria destruído três veículos blindados naquele mesmo dia. "Não teve isso", pontuou o promotor, apresentando ainda um relatório que só indicava duas perfurações em dois dos blindados, enquanto no terceiro haveria apenas uma.
Gorrilhas também questionou essa relação de causalidade dos fatos apontada pela defesa, que disse ter relação direta entre a troca de tiros ocorrida pela manhã na operação feita pelos militares no Muquiço, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, com o incidente que resultou na morte de Evaldo e Luciano: "Não tem esses dados. Diante da falta de dados. Qual o caminho do inquérito? O arquivamento ", comentou o promotor, que também foi o responsável pelo arquivamento do processo que vinculada os dois casos.
"O Ministério público trabalha com laudo técnicos não com suposições", disse.
O julgamento dos militares, que acontece no Conselho Militar de Justiça, na Ilha do Governador, já se estende por mais de 12 horas. A previsão é que a fase de réplicas e treplicas termine por volta das 11 horas e que, em seguida, o júri profira a sentença.
Relembre o caso
O músico Evaldo Rosa, 51 anos, foi morto à caminho de um chá de bebê com a família quando teve o carro atingido por mais de 80 tiros na Estrada do Camboatá, em Guadalupe. O grupamento militar teria, supostamente, confundido o carro do artista com o de criminosos. O laudo da perícia aponta que teriam sido disparados 257 tiros pelos militares.
Evaldo morreu na hora, mas seus parentes conseguiram escapar. O catador Luciano Macedo, que estava nas proximidades e tentou ajudar a família, acabou sendo também baleado e morreu dias depois. Os militares respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e omissão de socorro.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.