O músico Evaldo Rosa foi morto atingido por nove tirosArquivo Pessoal

Rio - A Justiça Militar da União (JMU) irá julgar nesta quarta-feira os 12 militares envolvidos nas mortes do músico Evaldo Rosa e do catador Luciano Macedo. A audiência já foi reagendada três vezes pela Justiça Militar. Em abril de 2019, foram disparados disparados 257 tiros na ação que terminou com a morte do músico e do catador de recicláveis
A audiência será conduzida pela juíza federal da Justiça Militar da União, Mariana Aquino. Em março desse ano, a Justiça Militar marcou a primeira data do julgamento para 7 de abril. A defesa dos réus argumentou sobre o agravamento da pandemia e conseguiu o adiamento para 7 de julho.
Em junho, o advogado dos militares relatou não estar plenamente imunizado contra a covid-19 e obteve a remarcação para 15 de setembro. Agora, o mesmo profissional, alegando complicações nas cordas vocais, conseguiu a remarcação para 13 de outubro.
Relembre o caso
O músico Evaldo Rosa, 51 anos, foi morto à caminho de um chá de bebê com a família quando teve o carro atingido por mais de 80 tiros na Estrada do Camboatá, em Guadalupe. O grupamento militar teria, supostamente, confundido o carro do artista com o de criminosos. O laudo da perícia aponta que teriam sido disparados 257 tiros pelos militares. 
Evaldo morreu na hora, mas seus parentes conseguiram escapar. Luciano, que estava nas proximidades e tentou ajudar a família, acabou sendo também baleado e morreu dias depois. Os militares respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e omissão de socorro.