Audiência do processo contra 12 militares envolvidos na açãoLucas Cardoso
Para justificar a defesa dos militares, o advogado apresentou depoimentos de soldados que estiveram na operação do Muquiço feita pelo Exército pela manhã, naquele mesmo dia 7 de abril. "Esses militares estiveram, junto com o restante pelotão, sob tão intensa troca de tiros e foram tão valentes naquele momento e conseguiram sair do Muquiço. Também na Rua em que o senhor Evaldo alega ter transitado. O carro do Sr. Evaldo passou no mesmo caminho que as viaturas foram destruídas", pontuou.
O advogado também questionou a atribuição do ataque intencional ao carro de Evaldo, alegando que os militares haviam livrado dois moradores de uma tentativa de assalto no mesmo dia e não teriam disparado contra o músico intencionalmente.
"Aos holofotes, se esquece de olhar o lado do militar combatente, daquele que está sob estresse, daquele que está cotado como o último recurso da população. O tráfico chegou a um ponto de que ele quer invadir o próprio Exército e aqui, julgado por força da mídia, nos vamos dar essa carta branca", menciona Paulo Henrique.
Disparos vindos dos criminosos
Outro ponto levantado pela defesa relembra o depoimentos de policiais que sugerem que o carro usado por Evaldo poderia ter sido confundido pelos traficantes locais com um veículo de policiais militares à paisana, chamados de P2. Também foi levantado pelo advogado que 'criminosos de contenção' da comunidade permaneciam no prédio do Minhocão e poderiam ser os autores dos disparos.
"O Ministério Público não trouxe nenhuma prova de que o tiro que mata ou pega no carro, tem origem dos militares", pontuou o advogado de defesa dos militares.
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