Heraldo era pastor e dava também aulas de teologiaReprodução/Redes Sociais
Publicado 15/10/2021 09:10
Rio - A esposa do pastor e professor de teologia, Heraldo Carlos de Souza, morto a facadas nesta quarta-feira enquanto fazia transporte por aplicativo, contou que foi a primeira vez que ele trabalhou como motorista durante a noite. Ele foi atacado quando fazia uma corrida no bairro Cabuçu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
"Quando eu cheguei do trabalho ele me deixou na igreja e falou que ia roda um pouco. Eu falei: 'eu não gosto que você rode à noite'. Mas ele disse que ia trabalhar só um pouco. Ele me deixou na igreja umas 19h45 e 21h30 foi o acontecido, uma coisa muito rápida", disse Carla Paulino de Souza, ao 'Bom Dia Rio', da TV Globo.
A esposa de Heraldo disse que ficou preocupada ao levantar para trabalhar, porque percebeu que o marido ainda não havia voltado para casa. "Quando eu levantei umas 5h30 da manhã para trabalhar ele não estava, aí eu comecei a ficar preocupada. Quando eu tentei entrar em contato com meu pastor Luciano, ele chegou lá em casa com a notícia de que ligaram para ele dizendo que tinham encontrado o Heraldo".
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) realizou perícia na faca que pode ter sido usada no crime, no carro da vítima e em um telefone celular. Segundo a especializada, a principal linha de investigação é latrocínio — roubo seguido de morte.
O pastor deixa esposa e dois filhos, um rapaz de 20 anos e uma menina de 8.
É a segunda morte de motoristas de aplicativo registrada no município esta semana. O soldado do Exército Flávio Amaral Teixeira, de 21 anos, foi morto a tiros, nesta segunda-feira, enquanto trabalhava como motorista de aplicativo na Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Militar, ele levava dois passageiros para o bairro Dom Bosco, em Nova Iguaçu, quando entrou por engano em uma comunidade.
De acordo com testemunhas, os criminosos teriam se assustado com o carro do militar e dispararam diversas vezes contra o veículo. Os tiros atingiram a cabeça de Flávio e a coxa e o pé de um passageiro, identificado como Sebastião Filho. A terceira ocupante do automóvel não ficou ferida. A PM esteve no local e disse ter recolhido cerca de 30 cápsulas de fuzil.
O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Agentes da especializada estão em diligência para descobrir a dinâmica do crime e a autoria dos disparos.
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