Publicado 25/10/2021 17:02
Rio - O corpo de Gustavo Loureiro Amorim, de 26 anos, vítima do desabamento de um prédio de três andares em Nilópolis, na Baixada Fluminense, neste domingo (24), será sepultado no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio, às 13h desta terça-feira (26). A informação foi confirmada por parentes do rapaz.
O jovem foi a única vítima fatal do acidente que deixou mais três pessoas feridas, entre elas sua irmã, Giovana Loureiro Amorim, de 19 anos. Segundo a direção do Hospital Geral de Nova Iguaçu, Nirceia Souza, 62 anos, que morava no terceiro andar do edifício, foi a última paciente a receber alta. O marido dela, Jorge Brandão, 54 anos, sofreu ferimentos apenas no nariz, mas saiu do hospital antes da alta médica.
Segundo o secretário municipal de Obras de Nilópolis, Flávio Vergueiro, disse que o prédio não apresentava nenhuma irregularidade na documentação. "A princípio, na prefeitura, não tinha nenhum registro de irregularidades no imóvel. Pode ser que tenha havido alguma obra posterior que não tenha sido notificada. A secretaria só pode atuar agora após os bombeiros fazerem varredura pra ver se há mais alguém no local e depois da perícia", explicou.
A Polícia Civil também iniciou o trabalho de investigações e já começou a ouvir as testemunhas. Uma das pessoas que prestou depoimento nesta segunda-feira foi Janaína de Santana, moradora da rua onde ocorreu o acidente e tinha identificado uma problema na estrutura do prédio.
Vizinha diz que viu coluna estufada
Vizinha do prédio de três andares que desabou neste domingo (24) em Nilópolis, na Baixada Fluminense, Janaína Santana, 49 anos, disse que viu uma coluna do imóvel estufada, mas não conseguiu avisar aos moradores do edifício. "Foi um barulho muito grande. Acordamos logo e na hora eu já sabia que era o prédio, porque já tinha visto uma coluna estufada. Eu e meu marido íamos avisar a dona do prédio, mas não deu tempo. Isso tem uns três dias", disse Janaína, que perdeu seu carro no acidente. Segundo ela, vizinhos usavam a garagem do prédio para guardar veículos.
Segundo testemunhas, um morador da Rua Coronel José Muniz que também alugava uma vaga na garagem do prédio retirou o carro dele durante a noite deste sábado, por precaução. José do Espírito Santo Filho, 59, professor, mora na rua há 27 anos, e ontem retirou seu veículo e duas bicicletas que ele guardava no estacionamento do edifício.
"Eu vi umas rachaduras em uma das colunas. Estava sem o reboco e com ferro aparecendo. Isso me chamou atenção e uma moradora que guardava o carro aqui disse que tinha avisado à proprietária e que ela enviaria um engenheiro para verificar. Mesmo assim, eu resolvi tirar meu carro e duas bicicletas de lá. Algo me falava para tirar, que não era seguro".
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