Publicado 01/12/2021 13:55
Rio - A rede pública vem enfrentando dificuldades para atender o grande volume de pacientes com sintomas de gripe no estado do Rio. Segundo relatos de internautas nas redes sociais, o surto de influenza está gerando aglomeração, longas filas de atendimento e até mesmo a falta de médicos em algumas unidades de saúde da cidade. fotogaleria
Na UPA da Tijuca, Zona Norte do Rio, Dayane Celestino da Silva, 34 anos, disse que chegou às 8h10 e só foi atendida por volta das 10h. "Agora já tem duas horas que estou esperando o médico para fazer a revisão. Eu só passei na frente porque estou grávida, mas tem gente que chegou 8h e não foi chamada ainda", disse a manicure, moradora da Mangueira.
Na internet, também houve muita reclamação. "No Rio de Janeiro, você tem que orar para não ficar doente. Fui levar minha esposa na UPA de Rocha Miranda e estava lotada, na de Irajá, estava sem médico. Muito difícil. O negócio é auto se medicar", indignou-se uma pessoa no Twitter.
"Gente, passei na UPA da Taquara por voltas das 20h e estava lotada tanto de pessoas adultas quanto de crianças", disse mais uma. "A UPA de Jacarepaguá está lotada devido ao surto de gripe. Diversas unidades de saúde se encontram na mesma situação", lamentou outra.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os pacientes com sintomas de gripe devem comparecer às Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde para testagem. A pasta ainda recomenda que somente em caso de sintomas graves é que devem procurar a emergência.
Na terça-feira, o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, afirmou que, na maioria dos casos, as UPAs estão funcionando com escala completa e a lotação é devido ao aumento na busca por atendimento.
"A maioria dos casos que estamos observando são leves, sem maiores complicações, mas que já causam um aumento de mais de 400% no número de pessoas com síndrome gripal atendidas nas Unidades de Pronto Atendimento da Secretaria Estadual de Saúde. Isso é um alerta pois é um vírus de transmissão respiratória", disse Chieppe, em entrevista ao 'Bom Dia Rio', da TV Globo.
Embora os sintomas sejam parecidos com os da covid-19, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que há uma prevalência de casos de síndrome gripal.
Vacinação retomada
O Ministério da Saúde enviou, na noite desta terça-feira, cerca de 200 mil doses da vacina contra o vírus influenza, para tentar frear o aumento de atendimentos de casos de síndrome gripal. Após um dia de paralisação por falta de doses, a cidade do Rio voltou a aplicar nesta quarta-feira o imunizante.
De acordo com a SMS, alguns postos de vacinação já começaram a vacinação contra a gripe pela manhã, mas, a expectativa é que todos estarão vacinando até 14h.
Reunião com o Ministério da Saúde
O governador Cláudio Castro irá propor uma reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar do surto de gripe no Rio. Castro viajou a Brasília, nesta terça-feira, para acompanhar a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL). Segundo a assessoria de imprensa do governo estadual, não houve possibilidade de agenda com Queiroga.
A proposta do encontro será formalizada por intermédio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), o que deve acontecer nos próximos dias.
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