Publicado 16/12/2021 07:18
Rio - A operação Bergon, realizada nesta quinta-feira, dia 16, para desarticular células nazistas em sete estados brasileiros foi assim denominada em homenagem a Denise Bergon (1912-2006), freira francesa que salvou 83 crianças judias durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945).
De acordo com o livro 'Churches and the Holocaust' (Igrejas e o Holocausto, em tradução livre), de Mordecai Padiel, Denise escondeu as crianças judias na escola católica do convento Notre Dame de Massip em Capdenac, a 150 km de Toulouse, na França.
Arriscando sua vida, Denise convenceu seus superiores a desafiar o nazismo, que havia se instalado com o governo de Vichy, regime político instaurado no país após a ocupação alemã durante guerra. Os nazistas estabeleceram leis nas quais judeus eram detidos, tinham seus bens confiscados e eram enviados a campos de concentração.
Durante o Holocausto, nome dado ao genocídio em massa de judeus durante a 2ª Guerra Mundial, seis milhões foram mortos, inclusive crianças. No Brasil, apologia ao nazismo é crime, de acordo com a Lei 7.716, o que engloba fabricar, comercializar e distribuir símbolos para a sua divulgação. Mesmo assim, 76 anos após o fim da II Guerra Mundial, que resultou na queda da Alemanha nazista, há o aumento de simpatizantes das ideias genocidas e racistas de Adolf Hitler, líder do regime.
O nome de Bergon foi inserido no Museu do Holocausto, em Israel, como um dos Justos Entre as Nações, reconhecimento dado a não-judeus que ajudaram judeus durante o período nazista.
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