Publicado 05/02/2022 09:12
Rio - Os quiosques Tropicália e Birutas, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde o congolês Moïse Kabagambe foi espancado até a morte no dia 24 de janeiro, vão ser transformados em um memorial em homenagem à cultura congolesa e africana. O projeto é da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, responsável pela gestão do contrato de concessão de quiosques da orla marítima do Rio, em parceria com a Orla Rio, concessionária que opera os estabelecimentos.
Segundo a secretaria, a iniciativa tem o objetivo de promover a integração social e econômica de refugiados africanos e reafirmar o compromisso da cidade com a promoção de oportunidades para todos. "O que aconteceu foi algo brutal, inaceitável e que não é da natureza do Rio. É nosso dever ser uma cidade antirracista, acolhedora e comprometida com a justiça social", disse o secretário Pedro Paulo.
"A transformação do local busca ser uma reparação à família, uma oportunidade de inserção socioeconômica de refugiados, além de um ponto de transmissão da cultura africana. E um memorial em homenagem a Moïse Kabagambe representará naquele espaço público uma lembrança para que não seja fácil esquecer e que jamais se repita a barbárie que o vitimou", completou.
O secretário acrescenta que a gestão de um dos dois quiosques será oferecida aos familiares de Moïse. Já as oportunidades de emprego ligadas aos dois quiosques deverão, também, ser oferecidas a refugiados africanos residentes no Rio. Além disso, em parceria com o Sesc/Senac e com organizações sociais, a Prefeitura e Orla Rio vão criar um programa de treinamento e capacitação para esses imigrantes atuarem no setor de alimentação.
As mudanças previstas incluem uma reformulação da arquitetura dos quiosques para que eles se transformem em um espaço de celebração da cultura do povo africano, tendo ali um ponto de referência com comida típica, música e artesanato. Veja imagens do projeto:
O secretário acrescenta que a gestão de um dos dois quiosques será oferecida aos familiares de Moïse. Já as oportunidades de emprego ligadas aos dois quiosques deverão, também, ser oferecidas a refugiados africanos residentes no Rio. Além disso, em parceria com o Sesc/Senac e com organizações sociais, a Prefeitura e Orla Rio vão criar um programa de treinamento e capacitação para esses imigrantes atuarem no setor de alimentação.
As mudanças previstas incluem uma reformulação da arquitetura dos quiosques para que eles se transformem em um espaço de celebração da cultura do povo africano, tendo ali um ponto de referência com comida típica, música e artesanato. Veja imagens do projeto:
Tanto a concepção quanto a execução do projeto, que inclui um memorial a Moïse, serão realizadas por profissionais negros e com foco na promoção e celebração da cultura africana. O espaço também poderá ser utilizado para exposição de arte e apresentações musicais típicas, além da realização de feiras de artesanato.
Ato neste sábado pela morte de Moïse
A Comunidade do Congolesa no Brasil, coletivos e movimentos negros vão se reunir neste sábado, às 10h, em frente ao Quiosque Tropicália, no Posto 8 da praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para pedir justiça pela morte de Moïse Kabamgale. A família do jovem congolês de 24 anos, espancado até a morte no dia 24 de janeiro, é esperada na manifestação.
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