Comunidade congolesa marca ato pela morte de Moïse neste sábado (5), às 10hReprodução

Rio - A Comunidade do Congolesa no Brasil, coletivos e movimentos negros vão se reunir neste sábado (5), às 10h, em frente ao Quiosque Tropicália, no Posto 8 da praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para pedir justiça pela morte de Moïse Kabamgale. A família do jovem congolês de 24 anos, espancado até a morte no dia 24 de janeiro, é esperada na manifestação.
Haverá também um protesto pela morte de Moïse no Museu de Arte de São Paulo. Na capital paulista o protesto ocorrerá no mesmo horário, às 10h. Nesta quarta-feira, os três homens apontados como os agressores do refugiado foram transferidos para presídio de Benfica. Eles vão responder por homicídio duplamente qualificado — por impossibilidade de defesa da vítima e meio cruel.
No sábado (29), familiares e amigos da vítima já haviam realizado uma manifestação pacífica na Avenida Lúcio Costa, próximo ao Quiosque Tropicália. Na ocasião, as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento ainda não haviam sido divulgadas e os agressores estavam soltos.
Nos últimos dias, o crime bárbaro foi noticiado em diversos veículos internacionais. O jornal americano "Washington Post" chamou a atenção para as possíveis relações do crime com questões raciais e um sentimento anti-imigrante. "Mesmo em um país acostumado a espasmos aleatórios de extrema violência, a suposta selvageria do espancamento deixou muitos brasileiros chocados e sem respostas".
O site do "Congo L'Interview" também repercutiu o caso, com o título: "Brasil: um jovem congolês é espancado até a morte no oeste do Rio de Janeiro". Outro veículo de imprensa do país natal de Kabagambe, o site "Electionnet", destacou o protesto da família do jovem, que demanda explicações.