Durval: repositor foi morto pelo vizinho na porta de casaReprodução
Publicado 11/02/2022 17:20
Rio - A defesa da família de Durval Teófilo Filho oficiou, nesta sexta-feira (11), a Marinha do Brasil (MB) a prestar esclarecimentos sobre a morte do repositor de supermercado, após ser baleado três vezes pelo sargento da corporação, Aurélio Alves Bezerra, no dia 2 de fevereiro, quando a vítima chegava no condomínio onde ambos moravam, no bairro do Colubandê, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
De acordo com o advogado que assiste a família de Durval, Luiz Carlos de Aguiar Medeiros, até o momento, a família não recebeu nenhuma manifestação por parte da Marinha, mas a defesa já se manifestou para que haja rapidez na elucidação dos fatos. "Estamos tratando de um crime contra a vida", afirmou o advogado.
O crime ocorreu quando a vítima chegava em sua residência e procurava a chave de casa em sua mochila. O militar, que estava dentro de seu carro, atirou três vezes. Ele alegou que o trabalhador se aproximava rapidamente e acreditou se tratar de um assaltante. Aurélio chegou a socorrer Durval e levá-lo ao Hospital Estadual Alberto Torres, mas a vítima não resistiu. O militar recebeu voz de prisão na unidade de saúde.
Procurada pelo DIA, a Marinha do Brasil ainda não se manifestou.
Viúva denuncia ameaças
A viúva de Durval Teófilo, Luziane Teófilo, e a filha do casal, de apenas 6 anos, já não estão morando mais no condomínio onde o repositor de supermercado foi assassinado. "Eu não me sinto segura lá", desabafou a mulher, que voltou à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) nesta quinta-feira (10), para prestar um novo depoimento. Na próxima segunda-feira (14), a viúva irá representar pela ameaça em sede de Delegacia. 
"A Luziane está com medo da soltura do Aurélio, existe um receio, até porque, logo após o falecimento do esposo dela, ela recebeu algumas informações que a gente entendeu como ameaça. A gente não pode falar diretamente que é uma ameaça, mas o que ela ouviu, subentende-se que seria. Foram poucas, duas ou três, mas como ela era a mulher e por ter uma filha pequena em casa, para ela tomar cuidado e abafar o caso, porque isso poderia ser prejudicial para ela no futuro", disse o advogado da família, Luiz Carlos de Aguiar Medeiros.
No sábado (12), familiares e amigos da vítima vão realizar uma manifestação para cobrar explicações sobre o assassinato de Durval aos órgaos competentes, na Praça Estefânia de Carvalho, conhecida como Praça do Zé Garoto, no Centro de São Gonçalo, a partir das 9h.
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