Publicado 12/02/2022 11:09
Rio - As duas equipes envolvidas no episódio em que policiais militares invadiram uma casa na Vila Aliança foram afastadas pela PM. Uma equipe é do Batalhão de Ações com Cães (BAC), e outra é do Batalhão de Choque (BPChq), que somam, ao todo, 16 militares, que serão transferidos para atividades internas. A informação foi divulgada em boletim interno da corporação no fim da sexta-feira (11). Na última semana, um morador que tinha a casa frequentemente invadida por PMs sem mandado instalou câmeras de segurança que flagraram agentes roubando pertences. O caso foi divulgado pela TV Globo.
Segundo a Polícia Militar, o afastamento das equipes "busca ter maior transparência na identificação daqueles que, de fato, atuaram de forma inadequada, permitindo, assim, individualizar a conduta dos envolvidos".
Na sexta-feira, o tenente-coronel Ivan Blaz, porta-voz da PM, disse que a Polícia Militar precisa das imagens originais de câmeras de segurança para identificar todos os agentes. Blaz afirmou que parte deles já foi identificada e afastada de suas funções.
O proprietária da residência invadida esteve nesta quinta-feira (10) no quartel-general da PM no Centro do Rio, mas não pode disponibilizar o arquivo, segundo o major.
Entenda o caso
De acordo com informações divulgadas pelo portal G1, da TV Globo, um dos proprietários da casa teria alegado que os PMs furtaram uma caixa de som, um vidro de perfume, um quilo de carne congelada e oito caixinhas de água de coco. Além disso, ele teria afirmado que os agentes não tinham mandado de busca ou qualquer flagrante que justificassem a entrada no imóvel.
Nas filmagens é possível vê-los andando pela residência. Em determinado momento, um deles acha uma garrafa com bebida alcoólica, cheira, e diz: "Isso aqui tá aberto. Ih, tá esculachado já". Em outro trecho do vídeo um agente, que está na cozinha, chama um companheiro para avaliar o que tem na geladeira da casa: "Vem ver a geladeira, pra tu ver o que é e o que não é".
Ainda de acordo com a TV Globo, o morador decidiu instalar um circuito de segurança com transmissão em tempo real depois de, segundo ele, sua casa ter sido revirada por PMs em outras dez ocasiões.
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