Publicado 16/02/2022 19:53 | Atualizado 17/02/2022 12:09
Rio - A forte chuva que caiu na cidade de Petrópolis na tarde de terça-feira (15) deixou mais de 100 mortos, de acordo com a Polícia Civil. As buscas por desaparecidos continuam e corpos são encontrados a todo o momento - o Ministério Público recebeu solicitação por pelo menos 35 pessoas desaparecidas. Por conta do alto número de vítimas, o Instituto Médico Legal (IML) está usando um caminhão frigorífico para transportar e armazenar os corpos. Diversos familiares se concentraram próximos ao local para a identificação das vítimas durante o dia, mas o processo só será retomado nesta quinta-feira (17). Ainda não há informações sobre o número de desaparecidos.
Entre os mais de 171 pontos de deslizamento, o mais crítico foi o do Morro da Oficina: parte da encosta foi abaixo e pelo menos 80 casas foram atingidas. O município decretou Estado de Calamidade Pública e os militares seguem trabalhando. A maior incidência de deslizamento ocorreu nos bairros do Centro, Quitandinha, Caxambu, Alto da Serra e Castelânea.
Na manhã desta quarta-feira (16), ao menos 12 corpos foram encontrados na Rua do Imperador, uma das mais famosas e turísticas da cidade, próximo ao Museu Imperial ao Palácio de Cristal. Na Rua Teresa, conhecida pelo seu comércio têxtil, uma encosta deslizou e dezenas de veículos ficaram pelo caminho. Saiba quem são algumas das vítimas já reconhecidas pelas famílias (em atualização):
. Maria Eduarda Carminate de Carvalho (Duda), 17 anos;
. Tânia Leite Carvalho, 55 anos;
. Helena, 1 ano e 11 meses;
. Maria das Graças de Paiva Destro (Dona Fia), 73 anos;
. Rafael Xavier
. Yasmin Eliseu Alves;
. Cecília Lima Fioresi, 40 anos;
. Paulo César da Silva Seabra;
. Maria Eduarda de Almeida da Silva, de 20 anos;
. Evely Luiza Neto da Silva, de 11 anos;
. Débora Lichstenger Moreira, de 22 anos;
. Gustavo Lichstenger Rodrigues, de 5 anos;
. Heloise Lichstenger Rodrigues, de 2 anos;
. Pablo Nunes Carvalho
. João Carlos de Melo Montes
. Zilmar Batista Ramos
. Fabio Aniceto da Costa
. Gustavo de Souza Coutinho
. Eva Afonso da Silva
. João Carlos Castro de Oliveira, de 55 anos
. Tânia Leite Carvalho, 55 anos;
. Helena, 1 ano e 11 meses;
. Maria das Graças de Paiva Destro (Dona Fia), 73 anos;
. Rafael Xavier
. Yasmin Eliseu Alves;
. Cecília Lima Fioresi, 40 anos;
. Paulo César da Silva Seabra;
. Maria Eduarda de Almeida da Silva, de 20 anos;
. Evely Luiza Neto da Silva, de 11 anos;
. Débora Lichstenger Moreira, de 22 anos;
. Gustavo Lichstenger Rodrigues, de 5 anos;
. Heloise Lichstenger Rodrigues, de 2 anos;
. Pablo Nunes Carvalho
. João Carlos de Melo Montes
. Zilmar Batista Ramos
. Fabio Aniceto da Costa
. Gustavo de Souza Coutinho
. Eva Afonso da Silva
. João Carlos Castro de Oliveira, de 55 anos
Maria Eduarda Carminate de Carvalho
No início da manhã, no Morro da Oficina, Gizelia Carminate emocionou ao clamar pelo nome da filha, Maria Eduarda, e tentava ajudar os bombeiros nas buscas por ela e outros parentes. Aos gritos de 'Duda!', ela chegou a cavar os escombros com uma enxada para encontrá-las. "Estão minha filha, a tia dela e uma neném, filha da minha afilhada, debaixo dos escombros. Eu já estou perdendo as esperanças. Um bebê de 1 ano de idade sem respirar, debaixo da lama. Você consegue?", disse a mulher, desolada, à TV Globo. Durante a tarde, ela confirmou a morte da filha e os familiares.
Tânia Leite Carvalho
Tânia estava na mesma casa que a sobrinha Duda e foi encontrada abraçada aos familiares, todas sem vida. Durante o dia, Tânia cuidava da neta Helena, de apenas 1 ano de idade, que também morreu na tragédia. Giselli Carvalho deixava a bebê aos cuidados da mãe para que pudesse trabalhar fora. Giselli não estava em casa e sobreviveu, mas perdeu mãe e filha.
Maria das Graças de Paiva Destro
Conhecida na comunidade como Dona Fia, Maria das Graças era uma liderança comunitária no Morro da Oficina: ela era uma das diretoras do Projeto do Morro, que cuidava de mais de 500 da comunidade. A sede do projeto desabou durante as chuvas. Dona Fia tinha 73 anos.
Cecília Lima Fioresi
Cecília foi batizada com este nome em homenagem à avó, vítima fatal de um outro temporal em Petrópolis, em 1971. Cecília viveu e trabalhou durante toda a vida no município.
*Em atualização.
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