Publicado 28/02/2022 07:56 | Atualizado 28/02/2022 10:55
Rio - Oito blocos foram dispersados por agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública durante o último fim de semana - três no sábado (26) e cinco no domingo (27). Segundo o secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, a proibição dos desfiles pela Guarda Municipal se dá, principalmente, para o "bom funcionamento da cidade". Em decisão anunciada no dia 4 de janeiro, época do pico da variante Ômicron, o prefeito Eduardo Paes vetou a folia nas ruas da cidade pelo segundo ano consecutivo.
Na manhã de domingo (27), a Zona Portuária do Rio foi ponto de encontro para grupos de pessoas que se aglomeraram, formando pequenos cortejos não permitidos. Alguns do locais de concentração foram o Boulevard Olímpico, o Morro da Conceição e o Armazém da Utopia. Já durante a noite, uma multidão ocupou a escadaria do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A circulação da Linha 1 do VLT chegou a operar com restrições devido à quantidade de pessoas na Avenida Rio Branco.
Durante todo o fim de semana, houve movimentação de foliões na região da Lapa, Glória e Catete, e também em pontos tradicionais do Centro, como o Largo São Francisco da Prainha, Pedra do Sal, Rua do Ouvidor e Praça XV.
"Esses blocos são, em essência, de improviso. O Carnaval está no DNA do carioca e a Seop está buscando o diálogo e conscientização para que elas não causem transtornos para o bom funcionamento da cidade, como o fechamento de vias. Fazemos monitoramento através das redes sociais e do patrulhamento de rua, e usamos o diálogo para conscientizar as pessoas e elas se dispersem", afirmou Carnevale ao 'Bom Dia, Rio', da TV Globo.
O secretário avalia que a maioria dos cariocas tem respeitado a restrição imposta pela prefeitura em janeiro, quando o aumento da variante Ômicron fez o prefeito Eduardo Paes (PSD) anunciar o cancelamento dos blocos de rua em 2022. Os desfiles das escola de samba passaram para o feriado de Tiradentes, em abril. Apesar disso, o Carnaval é aproveitado como 'feriadão' para muitas pessoas. Segundo a Seop, 1.260 agentes têm realizado diariamente fiscalização.
"O carnaval tradicional não está acontecendo. Teríamos blocos nas ruas desde janeiro. Nós temos capacidade de fiscalização, principalmente porque estamos diante de um cenário em que as pessoas, em sua maioria, estão respeitando. As principais vias da cidade estão se comportando de maneira regular. E as pessoas que estão descumprindo, precisamos lidar com elas. Vamos continuar focando no bom funcionamento da cidade", disse o secretário da Seop.
"Estamos falando de um feriado prolongado, com tempo aberto. O Rio está cheio, com muitos turistas, e a cidade vem reagindo bem, dentro de um padrão de normalidade".
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