Publicado 03/03/2022 20:18
Rio - A Justiça do Rio marcou, nesta quinta-feira, uma nova audiência para ouvir a última testemunha de acusação, além das duas de defesa e do interrogatório do PM Rodrigo José de Matos Soares. A nova sessão foi agendada para o dia 28 de março, às 13h, e decidirá se o policial militar irá a juri popular pela morte da menina Ágatha Félix, de oito anos. A criança foi morta em setembro de 2019 quando voltava para a casa com a mãe no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio.
Na ocasião, a menina estava dentro de uma kombi com a mãe, quando foi baleada nas costas. Apontado como o autor do disparo, o cabo da Polícia Militar foi denunciado por homicídio qualificado. Primeiro depoente do dia, Tiago Gomes dos Santos contou que, antes do crime, viu um policial apontar a arma para as pessoas que estavam dentro da kombi. Ele ficou assustado com a cena e se abaixou dentro da academia em que estava. A testemunha lembrou que ainda não havia informações sobre um confronto no local.
Os policiais militares Bruno Luiz de Souza Mayrink e Alanderson Ribeiro Sampaio foram as outras duas testemunhas da acusação. Mayrink disse que estava a aproximadamente 100 metros de distância do lugar em que Ágatha foi baleada. Ele disse que viu um atirador se aproximardo beco e fazer disparos em sua direção. O policial, que estava armado com um fuzil, disse que disparou três vezes e ouviu diversos tiros na região.
Já Sampaio lembrou que estava no lugar oposto ao de Rodrigo e disse que não o viu atirar contra a kombi. Ele ainda afirmou que viu dois homens em uma moto, sendo um deles armado. Após ouvir os disparos, ele tentou se abrigar atrás de uma parede de uma loja de construção.
Os policiais militares Bruno Luiz de Souza Mayrink e Alanderson Ribeiro Sampaio foram as outras duas testemunhas da acusação. Mayrink disse que estava a aproximadamente 100 metros de distância do lugar em que Ágatha foi baleada. Ele disse que viu um atirador se aproximardo beco e fazer disparos em sua direção. O policial, que estava armado com um fuzil, disse que disparou três vezes e ouviu diversos tiros na região.
Já Sampaio lembrou que estava no lugar oposto ao de Rodrigo e disse que não o viu atirar contra a kombi. Ele ainda afirmou que viu dois homens em uma moto, sendo um deles armado. Após ouvir os disparos, ele tentou se abrigar atrás de uma parede de uma loja de construção.
Primeira audiência
A primeira audiência do caso foi marcada conflito de versões sobre o assassinato apresentadas pelos policiais militares e por pessoas que presenciaram o crime. Em fevereiro, a 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) começou a ouvir as testemunhas de acusação do processo sobre a morte da menina Ágatha.
Em depoimento, dois policiais militares que patrulhavam o local onde o crime aconteceu afirmaram que reagiram a disparos feitos por uma pessoa que estava na garupa de uma motocicleta. Entretanto, moradores da comunidade asseguraram que os tiros partiram dos militares. O motorista Moisés Atanázio, que dirigia a kombi, contou que ao descer do carro para ajudar alguns passageiros a retirar bolsas da mala do veículo, viu uma motocicleta passar em alta velocidade por trás do automóvel e um policial atirando em seguida.
Ele reconheceu o cabo Soares como a pessoa que fez o disparo. Ainda de acordo com a testemunha, os policiais não prestaram socorro à Ágatha. Moisés afirmou que, enquanto socorria mãe e filha, gritou para um dos policiais militares que estava no local que eles teriam baleado uma criança, mas os PMs não esboçaram nenhuma atitude no sentido de ajudar.
Antes de Moisés, a mãe de Ágatha, Vanessa Félix, foi a primeira a ser ouvida. Durante o depoimento, ela se emocionou ao relatar os últimos momentos ao lado da filha e quando percebeu que a menina havia sido atingida.
Antes de Moisés, a mãe de Ágatha, Vanessa Félix, foi a primeira a ser ouvida. Durante o depoimento, ela se emocionou ao relatar os últimos momentos ao lado da filha e quando percebeu que a menina havia sido atingida.
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