Publicado 07/03/2022 16:44
Rio - Com a justificativa de um cenário epidemiológico favorável, a Prefeitura do Rio publicou, em edição extra do Diário Oficial do município, nesta segunda-feira (7), um decreto que desobriga os cariocas de usarem máscaras de proteção contra a covid-19 em todos os ambientes fechados, seguindo a recomendação do Comitê Científico feita em reunião na manhã de hoje. A flexibilização acontece em um momento em que a taxa de transmissão do novo coronavírus está 0.3, sendo a menor desde o início da pandemia na cidade. Além disso, o índice de positividade dos testes da doença é menor do que 5% e o número de internados não representa 1% da população carioca.
Assim como integrantes do Comitê, especialistas ouvidos pela reportagem do Dia concordam que o momento é ideal para a liberação. Para a pesquisadora em Saúde e membro do Comitê de Combate ao Coronavírus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Chrystina Barros, os números da pandemia indicam uma situação de controle na cidade, momento propício para a flexibilização de restrições. Segundo ela, a população deve agora transformar as medidas restritivas em cuidados individuais para manter os bons indicadores.
"Em algum momento a gente tem que sair da obrigatoriedade. Os indicadores são todos favoráveis, não apenas o número de casos, mas também a própria positividade. A OMS diz que menos de 5% de testes positivos indicam uma situação de controle e, no Rio de Janeiro capital, nós estamos em torno de 3%. Então, a gente precisa entender que a máscara deixa de ser obrigatória, mas ela continua sendo um cuidado individual. O grande sinal que deve ficar de alerta para a sociedade, é que nós estamos no meio de uma pandemia, o mundo ainda vive uma pandemia. Nesse sentido, o surgimento de variantes ou alteração no cenário epidemiológico, pode requerer que medidas sejam tomadas obrigatórias novamente. Mas, neste momento, é hora sim da gente relaxar nas medidas, transformando restrições em cuidados individuais", explicou a pesquisadora.
O Comitê Científico da prefeitura orientou que mantenham a utilização da proteção em locais fechados, as pessoas imunodeprimidas, com comorbidades de alto risco, não vacinadas e com sintomas gripais. Segundo o secretário, também é recomendável que as crianças que não foram vacinadas e idosos continuem usando máscara, mas ressaltou que a decisão passa a ser facultativa. Apesar de não terem mantido restrições em locais considerados de risco de transmissão, como transportes públicos e hospitais, a especialista em Gestão de Saúde, Claudia Araujo, alertou para os cuidados nesses ambientes e falou sobre a importância de manter o uso de máscaras de proteção nesses locais.
"O fato de não ser obrigatório, não significa que as pessoas não devam continuar se resguardando. Então, pessoas idosas, pessoas que não se vacinaram, não estão com o ciclo completo, pessoas com algum tipo de comorbidade, de doença, devem se resguardar, da mesma forma em transporte público, geralmente nas horas que estão mais cheios, é interessante a pessoa manter (o uso de máscara). É importante que as pessoas mantenham cuidados básicos, mesmo que não seja obrigatório. Vai ao hospital, tem que procurar uma emergência? É interessante usar máscara. A gente tem que entender que a não obrigatoriedade não significa que a gente não tem que se cuidar, que o vírus não está entre a gente", ressaltou a especialista.
De acordo com o especialista em imunologia, o médico João Marcello Branco, a flexibilização deve vir acompanhada do bom senso dos cariocas. Segundo ele, assim como já acontecia em outros países antes da pandemia, a população deve adotar a utilização das máscaras ao notarem sintomas gripais, para evitarem a transmissão.
"O hábito positivo do uso da máscara é quando uma pessoa tem noção que ela estando com síndrome gripal evita a transmissão. Não é que a máscara contém o vírus, mas evita a transmissão, como por exemplo a variante Ômicron, que é o que está ainda rolando, atualmente como também outras viroses. Os asiáticos já possuem esse tipo de hábito e a gente tendo noção que estando com febre, coriza, secreção, catarro, espirrando e tossindo, sempre é bom manter um hábito adquirido positivo para que não seja transmitido de maneira mais rápida essas outras viroses também, não só a covid-19", esclareceu o médico.
Na publicação do Diário Oficial, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, também determinou que a obrigatoriedade do "passaporte de vacinação" permaneça até que a terceira dose alcance 70% da população elegível para receber o reforço. Atualmente, de acordo com o Painel Rio COVID-19, 54,1% dos adultos foram contemplados. As unidades da SMS seguem aplicando a dose de reforço para os maiores de 18 anos que receberam a segunda dose há quatro meses ou mais.
"Na medida em que a gente evolui com a vacina, nós chegaremos num nível e devemos observar uma queda maior ainda no número de casos. Então, é uma medida adequada que estimula a população para que ela busque a vacina e se libere dessa obrigação", comentou a pesquisadora da UFRJ.
"É importante que haja a vacinação, que as pessoas procurem completar o ciclo vacinal, tomem a dose de reforço, porque esses avanços que a gente vai conseguindo, se devem, basicamente, à vacinação. Então, continuar cobrando passaporte vacinal é importante e estimular que a população se vacine é fundamental, principalmente as crianças, que estão com uma vacinação aquém do que a gente gostaria e o sistema de saúde tem trabalhado com mais capacidade de vacinação do que procura. Valorizem a vacinação para poder voltar a sua vida normal", completou a gestora em Saúde.
"Em algum momento a gente tem que sair da obrigatoriedade. Os indicadores são todos favoráveis, não apenas o número de casos, mas também a própria positividade. A OMS diz que menos de 5% de testes positivos indicam uma situação de controle e, no Rio de Janeiro capital, nós estamos em torno de 3%. Então, a gente precisa entender que a máscara deixa de ser obrigatória, mas ela continua sendo um cuidado individual. O grande sinal que deve ficar de alerta para a sociedade, é que nós estamos no meio de uma pandemia, o mundo ainda vive uma pandemia. Nesse sentido, o surgimento de variantes ou alteração no cenário epidemiológico, pode requerer que medidas sejam tomadas obrigatórias novamente. Mas, neste momento, é hora sim da gente relaxar nas medidas, transformando restrições em cuidados individuais", explicou a pesquisadora.
O Comitê Científico da prefeitura orientou que mantenham a utilização da proteção em locais fechados, as pessoas imunodeprimidas, com comorbidades de alto risco, não vacinadas e com sintomas gripais. Segundo o secretário, também é recomendável que as crianças que não foram vacinadas e idosos continuem usando máscara, mas ressaltou que a decisão passa a ser facultativa. Apesar de não terem mantido restrições em locais considerados de risco de transmissão, como transportes públicos e hospitais, a especialista em Gestão de Saúde, Claudia Araujo, alertou para os cuidados nesses ambientes e falou sobre a importância de manter o uso de máscaras de proteção nesses locais.
"O fato de não ser obrigatório, não significa que as pessoas não devam continuar se resguardando. Então, pessoas idosas, pessoas que não se vacinaram, não estão com o ciclo completo, pessoas com algum tipo de comorbidade, de doença, devem se resguardar, da mesma forma em transporte público, geralmente nas horas que estão mais cheios, é interessante a pessoa manter (o uso de máscara). É importante que as pessoas mantenham cuidados básicos, mesmo que não seja obrigatório. Vai ao hospital, tem que procurar uma emergência? É interessante usar máscara. A gente tem que entender que a não obrigatoriedade não significa que a gente não tem que se cuidar, que o vírus não está entre a gente", ressaltou a especialista.
De acordo com o especialista em imunologia, o médico João Marcello Branco, a flexibilização deve vir acompanhada do bom senso dos cariocas. Segundo ele, assim como já acontecia em outros países antes da pandemia, a população deve adotar a utilização das máscaras ao notarem sintomas gripais, para evitarem a transmissão.
"O hábito positivo do uso da máscara é quando uma pessoa tem noção que ela estando com síndrome gripal evita a transmissão. Não é que a máscara contém o vírus, mas evita a transmissão, como por exemplo a variante Ômicron, que é o que está ainda rolando, atualmente como também outras viroses. Os asiáticos já possuem esse tipo de hábito e a gente tendo noção que estando com febre, coriza, secreção, catarro, espirrando e tossindo, sempre é bom manter um hábito adquirido positivo para que não seja transmitido de maneira mais rápida essas outras viroses também, não só a covid-19", esclareceu o médico.
Na publicação do Diário Oficial, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, também determinou que a obrigatoriedade do "passaporte de vacinação" permaneça até que a terceira dose alcance 70% da população elegível para receber o reforço. Atualmente, de acordo com o Painel Rio COVID-19, 54,1% dos adultos foram contemplados. As unidades da SMS seguem aplicando a dose de reforço para os maiores de 18 anos que receberam a segunda dose há quatro meses ou mais.
"Na medida em que a gente evolui com a vacina, nós chegaremos num nível e devemos observar uma queda maior ainda no número de casos. Então, é uma medida adequada que estimula a população para que ela busque a vacina e se libere dessa obrigação", comentou a pesquisadora da UFRJ.
"É importante que haja a vacinação, que as pessoas procurem completar o ciclo vacinal, tomem a dose de reforço, porque esses avanços que a gente vai conseguindo, se devem, basicamente, à vacinação. Então, continuar cobrando passaporte vacinal é importante e estimular que a população se vacine é fundamental, principalmente as crianças, que estão com uma vacinação aquém do que a gente gostaria e o sistema de saúde tem trabalhado com mais capacidade de vacinação do que procura. Valorizem a vacinação para poder voltar a sua vida normal", completou a gestora em Saúde.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.