Publicado 08/03/2022 16:09
Rio – Monique Medeiros negou em depoimento, nesta segunda-feira (7), que tenha praticado 'atos libidinosos' com o seu advogado no parlatório do Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, Zona Norte do Rio. As denúncias partiram das detentas que dividem cela com a mãe do menino Henry Borel. Segundo elas, Monique teria se encontrado com a defesa usando roupas inadequadas e mostrado os seios enquanto o advogado se tocava. A presa rebateu dizendo que os relatos eram falsos.
Todas as informações estão sendo avaliadas pela Comissão Técnica de Classificação, responsável por orientar a individualização da execução penal por meio da elaboração de um Programa Individualizado de Ressocialização. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária enviou um comunicado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesta terça-feira.
Segundo o presidente da Ordem, Luciano Bandeira, a partir de agora será aberto um Processo Ético Disciplinar, respeitando o direito à ampla defesa e o devido processo legal. As sanções contra o advogado, se comprovada as denúncias das detentas, vão desde advertência e suspensão por 90 dias, até a cassação da carteira.
No entanto, a OAB reforçou que antes das punições, há a possibilidade de recurso. "Após a instauração do processo ético-disciplinar, há todo um trâmite semelhante ao processo judicial, em que os advogados são ouvidos, podem apresentar testemunhas e provas, ou seja, têm amplo direito de defesa. E, caso sejam condenados, ainda podem recorrer da decisão do TED - Tribunal de Ética e Disciplina."
Monique também poderá ter problemas, já que as queixas são consideradas graves. As denúncias podem ficar na ficha da detenta, o que vai prejudicar seu índice de comportamento, dificultando uma possível progressão de regime.
Problemas de convívio com detentas
A secretaria investiga ainda a relação entre Monique e as detentas que dividem a cela com ela. No dia 9 de janeiro deste ano, quando foi interrogada pela juíza Elizabeth Louro Machado no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Monique alegou que havia sido ameaçada por uma mulher que estava na mesma cela que ela. A magistrada então, perguntou o nome da detenta que a ameaçava e a trocou de cela.
Um ano da morte de Henry Borel
A morte do menino Henry Borel completa um ano nesta terça-feira. A criança tinha apenas 4 anos quando morreu, na madrugada do dia 8 de março de 2021, após dar entrada na emergência do Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As investigações e os laudos da Polícia Civil apontaram que ele morreu em decorrência de agressões e torturas.
O padrasto, o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e a mãe de Henry, Monique Medeiros, foram indiciados pelo crime e presos um mês após a morte. O ex-casal responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, Monique era conivente com as agressões do então namorado contra o filho.
Na manhã desta terça-feira, um ato em frente ao Copacabana Palace, no bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio, homenageou a memória do menino.
O padrasto, o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, e a mãe de Henry, Monique Medeiros, foram indiciados pelo crime e presos um mês após a morte. O ex-casal responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunhas. Para a polícia, Monique era conivente com as agressões do então namorado contra o filho.
Na manhã desta terça-feira, um ato em frente ao Copacabana Palace, no bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio, homenageou a memória do menino.
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