Publicado 21/03/2022 16:56 | Atualizado 21/03/2022 17:27
Rio - "As autoridades precisam tomar uma providência urgente", diz Ronan dos Passos, de 43 anos, morador de rua onde parte de prédio onde funcionava fábrica de bolos desabou neste domingo (20), após chuvas atingirem cidade de Petrópolis. O imóvel do administrador financeiro fica em frente ao estabelecimento de dois andares afundar em cratera, na Rua do Túnel, no bairro Quissamã, em Petrópolis. Forte chuva na cidade deixou pelo menos cinco mortos.
Segundo ele, a rua já havia se rompido na tragédia do dia 15 de fevereiro, quando 233 pessoas morreram na cidade da Região Serrana. Naquela situação, as autoridades locais decidiram tapar o buraco, mas a obra não resistiu às chuvas deste domingo e cederam novamente, dessa vez levando parte da fábrica de doces "Doces Provenza".
"Todo mundo com receio. As autoridades precisam tomar uma providência urgente. O risco não é só da nossa construção. O risco é do rio que corta a rua e que a galeria está toda estourada no fundo, já previsto. Na última chuva estourou dos lados, prefeitura veio, estado veio, Inea veio e eles encheram de concreto, meteram chapa de concreto, acharam que seria o suficiente, mas não deu certo", contou.
Segundo ele, rachaduras começaram a aparecer na rua e as crateras começaram a surgir, levando muita água para debaixo da terra e empurrando alguns carros que estavam na rua. Um dos buracos se abriu na calçada de Ronan.
"Chovia bastante, nós viemos aqui para beira do prédio para olhar a condição da rua, quando começou a abrir um buraco em torno da galeria. Aqui a rua fica em cima de uma galeria pluviométrica para escoamento da água do rio, então começou a abrir a lateral dela ao ponto de cair um carro e depois esse desabamento", contou.
Um vídeo, feito na noite de domingo, por moradores de um prédio em rua vizinha mostrou o exato momento em que o estabelecimento onde funcionava a fábrica de doces desabou, no fim da noite deste domingo. Nas imagens, é possível ver as luzes da rua piscando e balançando com o choque da estrutura no chão. Ninguém estava no local no momento do ocorrido. Parte do prédio foi parar dentro de uma cratera que se abriu na calçada.
O dono da fábrica de doces, que funcionava no prédio de dois andares, morava em um imóvel nos fundos do local e não estava no local no momento do ocorrido. Ambos os imóveis foram interditados e condenados pela Defesa Civil. Os moradores da rua também estão sem luz e sem internet desde a noite deste domingo.
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