Publicado 22/03/2022 15:35
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) expediu, nesta segunda-feira (21), ofício ao secretário de Defesa Civil de Petrópolis, Gil Kempers, no qual requer esclarecimentos sobre as medidas tomadas em relação ao risco de deslocamento de rocha durante o forte temporal que atingiu o Município de Petrópolis no último domingo (20). Os esclarecimentos devem ser enviados no prazo de 24 horas após recebida a notificação.
No documento, o MPRJ pediu informações sobre o planejamento para desmonte ou contenção de um bloco rochoso que há na Rua 24 de Maio; de que maneira foi comunicada à população sobre o risco de deslocamento das rochas, após o sensor ter detectado movimentação; número de famílias evacuadas das áreas de risco; local onde se encontram tais famílias; e a situação atual do risco de deslocamento do bloco.
Em fevereiro, deslizamentos e enchentes deixaram 233 pessoas mortas na cidade. No domingo (20), sirenes foram acionadas no município e ruas ficaram alagadas. Por causa dos alagamentos, vias do Centro foram interditadas. Além disso, mais cinco pessoas morreram. O Governo do Estado enviou 180 militares para atuarem local, que conta ainda com o trabalho de caminhões basculantes, escavadeiras, retroescavadeiras, entre outros equipamentos.
O DIA entrou em contato com a Defesa Civil de Petrópolis para comentar sobre o caso, mas até a publicação desta matéria, não obteve retorno.
População traumatizada
O dia 15 de março marcou um mês da tragédia que devastou a cidade. Quatro vítimas ainda são consideradas desaparecidas pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). A chuva foi a pior registrada em Petrópolis desde 1932, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a fazer medições. O total em três horas chegou a 258,6 milímetros.
O dia 15 de março marcou um mês da tragédia que devastou a cidade. Quatro vítimas ainda são consideradas desaparecidas pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). A chuva foi a pior registrada em Petrópolis desde 1932, quando o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a fazer medições. O total em três horas chegou a 258,6 milímetros.
Em 24 horas, foram 259,8 mm. Há mais de 600 pessoas desabrigadas em Petrópolis que tiveram suas casas derrubadas pela correnteza. Outras tiveram que deixar seus lares por risco de desabamento.
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