Publicado 08/04/2022 08:47
Rio - A Polícia Militar realizou uma operação, na manhã desta sexta-feira, na comunidade do Mandela, no Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio. A ação teve apoio da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC).
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De acordo com a corporação, os agentes localizaram e apreenderam uma carga de lança-perfume na localidade conhecida como Varginha, na comunidade de Manguinhos, a partir de informações recebidas via Disque Denúncia.
O imóvel nas proximidades da estação de trens de Manguinhos foi apontado como esconderijo usado para preparo e armazenamento de entorpecentes. Também em Manguinhos, no início da manhã, dois carros roubados foram recuperados pelos PMs. Um desses veículos era registrado na Bahia e estava sem o motor.
As ocorrências foram encaminhadas para a 21ªDP (Bonsucesso).
Operação na malha ferroviária
A comunidade fica próxima à estação de trem de Manguinhos, onde policiais miliares iniciaram nesta manhã o plano de retomada de 12 estações que hoje são consideradas pela SuperVia como perdidas para o crime organizado. Segundo a corporação, a operação "Estação Segura" está focada nesta sexta-feira em Manguinhos, Guapimirim, Saruí e Parada Angélica, na Baixada Fluminense.
As demais estações que devem receber policiamento nos próximos dias são: Senador Camará, Barros Filhos, Costa Barros, Parada de Lucas, Vigário Geral, Jacaré, Honório Gurgel e Del Castilho.
Essa operação acontece após o governador do Rio, Cláudio Castro, anunciar, nesta quinta-feira, um conjunto de ações no sistema ferroviário e a suspensão das negociações com a SuperVia.
"É preciso diferenciar segurança pública, área que o governo tem apresentado insistentemente resultados positivos, de segurança patrimonial de responsabilidade da concessionária como estipulado em contrato. O que está lá é patrimônio público do povo do Rio de Janeiro e não pode ser dilapidado por negligência ou por má fé".
Segundo Castro, a concessionária mantém um convênio assinado coma Polícia Militar que garante um assento da empresa no Centro Integrado de Comando e Controle para o rápido acesso às forças policiais. Mas que, em nenhum momento, a SuperVia utilizou esse recurso.
O governador ainda afirmou que o Estado do Rio tem feito a sua parte e atua em boa fé com todas as concessionárias, mas que ainda cabe à SuperVia fazer a parte dela. Castro listou uma série de falhas operacionais que têm ocorrido. Segundo ele, falta manutenção, conservação, há composição sem controle que sobe na plataforma, viagens são interrompidas por queda na rede elétrica, portas dos vagões não fecham, o tráfego permanece interrompido e os atrasos são rotina na vida dos usuários.
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