Os desfiles das escolas de samba vão acontecer entre os dias 20 e 23 de abrilFabio Costa/ Agência O Dia
Publicado 18/04/2022 11:10
Rio - O secretário Municipal de Saúde do Rio, Rodrigo Prado, reforçou nesta segunda-feira (18) que a apresentação da terceira dose de vacina contra covid-19 será cobrada de todos que precisarem ingressar no Sambódromo durante os desfiles de Carnaval entre os dias 20 e 24 de abril e no sábado das campeãs (30).  
"Todo mundo acima de 18 anos tem que apresentar o comprovante vacinal para desfilar, para trabalhar ou para assistir o desfile no Sambódromo. Se você ainda não se vacinou, ainda dá tempo, tome sua dose de reforço para assistir o maior espetáculo da Terra", disse o secretário municipal de Saúde. Prado esteve hoje na Sapucaí para a apresentar o esquema especial de atendimento médico de emergência que funcionará em sete postos montados na avenida.
O secretário lembrou que o "passaporte vacinal" já foi testado nos ensaios técnicos e afirmou que as equipes já têm experiência para repetir a cobrança do certificado. "A Liesa montou um esquema que todas as pessoas que participaram dos ensaios trabalhando, desfilando ou assistindo, tiveram que apresentar o comprovante de vacinação", disse.
O Instituto de Vigilância Sanitária (IVISA-Rio) vai fiscalizar a cobrança do passaporte vacinal e também a alimentação e os postos de Saúde da Sapucaí e de seu entorno, além do Terreirão do Samba. O Instituto manterá uma base operacional permanente no Setor 11 do sambódromo, disponível também para atendimento a operadores e fornecedores.
Prado afirmou não temer um repique de covid-19 após o evento e afirmou que o cenário epidemiológico está muito favorável. "Nós temos um cenário epidemiológico muito favorável, um dos melhores da pandemia. Temos baixo índice de positividade nos testes, poucas pessoas internadas. Acreditamos que o Carnaval vai ser um sucesso. Vamos monitorar para ver como (o cenário) vai se comportar", disse.

Na noite deste domingo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em pronunciamento oficial em cadeia nacional de Rádio e TV, o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) no país. A mudança afeta 170 regras no Ministério da Saúde como o uso emergencial de vacinas, como a Coronavac, compras sem licitação e outras demandas relacionadas à pandemia. O ministro ressaltou que a medida não significa o fim da covid-19.
O secretário municipal de Saúde do Rio afirmou que a mudança não afeta o município. "No Rio de Janeiro, nós praticamente não utilizamos compras emergenciais, foram pontuais no ano passado para o Hospital Ronaldo Gazolla. A gente tem como princípio, licitar tudo, então não nos afeta", comentou Rodrigo Prado.
Sapucaí terá 7 postos de emergência e 16 ambulâncias
Sambódromo terá sete postos médicos para os desfilesDivulgação
A Secretaria Municipal de Saúde montou um esquema especial para atendimento médico durante o Carnaval. Serão sete postos, com o mesmo padrão entre eles. Os pontos de atendimento estarão sinalizados nos dias dos desfiles e ficarão na concentração, no Setor 1, e nos setores 2, 7, 8, 10 (Rua Salvador de Sá) e 11, além da dispersão, na Apoteose. As principais causas que levam os foliões a procurarem atendimento nos postos médicos são mal-estar devido ao calor ou ingestão de bebidas alcóolicas em excesso, hipertensão, entorses/luxações, cortes e traumas diversos.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado, lembrou que para quem não pratica exercício físico, o desfile somado à emoção e à fantasia representa um esforço importante, e que muita gente costuma ser atendida para hidratação. O coordenador da operação na Sapucaí, José Alfredo Padilha, alertou aos componentes e foliões de que não devem suspender o uso de medicamentos para o Carnaval. "Mantenham o uso de medicamento. Importante que a pessoa que faça algum tipo de tratamento, como diabetes ou pressão, mantenha, porque vai ser submetida a uma minimaratona aqui", pediu José Alfredo Padilha.
Os 71 profissionais de Saúde foram contratados especialmente para festa e têm experiência em atendimento no Carnaval. Em cada dia haverá 26 médicos, 18 enfermeiros e 27 técnicos de enfermagem de plantão para atender os integrantes da escola, público ou trabalhadores que precisarem. "Estarão trabalhando todos os dias nestes postos, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Fora isso, vamos ter 16 ambulâncias avançadas (UTI móvel), tripuladas por médicos e socorristas. Então, se tiver alguma remoção (para unidades de saúde) não precisamos deslocar ninguém dos nossos postos para a ambulância", explicou o secretário de Saúde Rodrigo Prado. 

Os postos vão funcionar das 19h até o final do desfile, com exceção do desfile mirim, no domingo (24), quando funcionarão de 16h até meia-noite com o apoio de 10 ambulâncias.
"A importância das ambulâncias também é dar fluxo para o atendimento para que os pacientes não fiquem mais tempo do que o necessário nos postos e que os leitos sejam liberados", explicou o secretário.
O esquema conta com 32 leitos para atendimento, sendo oito de suporte avançado de vida, com condições de comportar procedimentos como cirurgia simples, e com equipamentos como respirador. "Assim, podemos dar suporte até o paciente ser transferido para uma unidade de saúde, que pode ser uma de nossas 15 UPAs, 7 CER ou um de nossos hospitais. Temos experiência neste tipo de atendimento. Já chegamos a atender mil pessoas aqui", afirmou Prado.
Nos ensaios técnicos a SMS realizou 129 atendimentos, destes 12 pacientes precisaram ser removidos para uma unidade da rede.
"Qualquer pessoa que tiver qualquer acometimento durante o Carnaval, podem ser pessoas que estejam assistindo, desfilando ou trabalhando,poderão ser atendidas em nossos postos. Nós temos capacidade de atender a demanda que for surgindo", reforçou.

A SMS também garantirá o atendimento de saúde durante a apuração na Apoteose (26/04), com um posto funcionando das 14h às 20h, com equipe formada por três médicos, dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem. Duas ambulâncias com suporte avançado serão disponibilizadas para a transferência de pacientes que apresentem casos mais graves.
DENGUE
Durante a agenda, o secretário também comentou os 604 casos de dengue registrados na capital. Prado considera o número dentro do esperado. Ele afirmou que o aumento de 55% nos casos nos primeiros quatro meses do ano em relação a 2021 pode estar ligado a uma possível subnotificação em 2021. 
"A dengue é uma doença sazonal. Nessa época do ano, é esperado um aumento no número de casos. Quando a gente pega a série histórica, o número de casos que temos hoje está dentro do esperado. Temos que ser realistas e entender que os anos 2021 e 2020 foram atípicos. Os esforços da secretaria estavam voltados para a covid-19. A gente não sabe se houve aumento ou se o número do ano passado foi subnotificado", afirmou.
O secretário lembrou da importância da população fazer a sua parte no combate à dengue. "A gente sabe que dois terços dos focos estão nas residências. Então, é importante que cada um gaste pelo menos 10 minutos do seu tempo para, na sua casa, buscar possíveis depósitos de mosquito", pediu. 
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