Publicado 22/04/2022 19:47 | Atualizado 22/04/2022 20:21
Rio - A fotógrafa Lúcia Mello, de 61 anos, que foi uma das 20 vítimas do acidente com o carro alegórico da Paraíso do Tuiuti, em 2017, na Marquês de Sapucaí, disse ao DIA neste sábado, depois de saber da morte da pequena Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, que viu a história se repetir no Carnaval.
"Eu estava na Sapucaí quando veio a notícia de que um carro alegórico havia atropelado uma criança e tinha esmagado sua perna. Nesse momento eu vi minha história voltar ali. Hoje eu soube que faleceu e a emoção tomou conta de mim, chorei muito", contou Lúcia.
Ela, que também teve a perna esmagada, afirmou que depois do acidente precisou passar por 17 cirurgias até voltar a colocar o pé no chão. "Fiquei na cadeira de rodas por dois anos e meio e hoje faço uso de muletas. Minha vida mudou totalmente".
Ao finalizar, Lúcia ressaltou que não trabalha mais pois não tem agilidade. "Hoje eu possuo mobilidade reduzida, ando bem devagar e faço fisioterapia. Faço fotos quando dá, mas sem comprometimento".
O acidente com a fotógrafa e outras 19 pessoas aconteceu no dia 26 de fevereiro de 2017, num domingo de Carnaval, quando o motorista de uma alegoria perdeu a controle do carro e se chocou contra as estruturas de proteção do primeiro setor da Sapucaí.
Entre os casos mais graves, estavam Lúcia e a jornalista Elizabeth Ferreira Jofre, conhecida como Liza Carioca, que morreu no hospital cerca de dois meses após a tragédia.
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