Publicado 25/04/2022 14:35 | Atualizado 25/04/2022 18:06
Rio - No dia de seu aniversário, o jovem Caio Douglas Nascimento, de 19 anos, renasceu. Baleado na cabeça após entrar por engano em uma das ruas que dão acesso à Cidade Alta, em Cordovil, o jovem recebeu um dos grandes presentes da vida: a alta hospitalar na manhã desta segunda-feira (25). Ele deixou o Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde estava internado há três meses, de ambulância.
Em entrevista ao "RJTV", a mãe do rapaz, Alexsandra Nascimento, contou que poder levar o filho para casa causou um mistura de sentimentos e destacou que sempre acreditou em sua recuperação.
"Hoje realmente o sabor é de vitória. É como eu falei com todo mundo aqui dentro do hospital, a minha fé, ela está firme desde o primeiro dia, eu nunca deixei de sonhar com meu filho dentro desse hospital. O Caio é surpreendente, é um sentimento que não dá para descrever, é uma gratidão a Deus e uma felicidade", afirmou.
Para ela e a família, o jovem teve uma recuperação surpreendente no tempo em que esteve internado na unidade e hoje já consegue realizar alguns movimentos. "Ele recebe mensagem no WhatsApp e lê todas, ele tem uma bolinha que ele aperta e sinaliza 'sim', e agora ele já sabe fazer sinal de 'não' com a cabeça".
Agora, Caio vai continuar se recuperando em casa, fazendo tratamento com um fonoaudiólogo para voltar a falar. Ele ficou com algumas sequelas na fala e em seus movimentos. O doutor Herbert Gonçalves Krettli, especialista em Clínica Médica que atuou no tratamento de Caio, contou sobre o quadro médico do jovem e sua recuperação.
“Dias como esse deixam a gente feliz e esperançoso. Casos como o do paciente Caio exigem o que chamamos de ‘ajuste fino’, pois são pacientes multidisciplinares. Primeiro, é preciso realizar a estabilização do quadro inicial, chamado controle de dano, onde entram as equipes de resgate, emergência, cirurgia e terapia intensiva. Além disso, é preciso cuidar das lesões e evitar que novas sequelas apareçam, personalizando o tratamento para cada paciente", afirmou o médico, que completou:
"A recuperação, que exige máximo cuidado, tem que ser lenta e gradual, respeitando a evolução diária de cada paciente. Em paralelo, não podemos olhar para o paciente como um ser isolado. Ele tem família, tem uma história que foi interrompida, amigos, irmãos, vida social. Então, nosso perfil na clínica médica do Hospital Estadual Getúlio Vargas é avaliar o paciente como um todo e abordar familiares, tornando mais personalizados os cuidados. Assim ocorre a recuperação não somente do paciente, mas também da família”.
Na época do ocorrido, a polícia chegou a fazer buscas na favela e um homem foi preso em flagrante com uma arma, drogas e granada, mas o criminoso não tinha ligações com o ataque sofrido pela família.
Caio foi internado no dia 1º de fevereiro e passou por um procedimento cirúrgico para a retirada do projétil do crânio, no dia 2 de fevereiro. O jovem estava junto com a mãe, que dirigia o carro, voltando de Magé, a caminho do Irajá, quando erraram o caminho e entraram na Estrada Porto Velho. O carro da família foi alvejado por criminosos e um dos disparos atingiu Caio Douglas na cabeça.
As investigações do caso seguem sendo realizadas pela 38ª DP (Brás de Pina), que busca identificar a autoria do crime e esclarecer o ocorrido.
Na época do ocorrido, a polícia chegou a fazer buscas na favela e um homem foi preso em flagrante com uma arma, drogas e granada, mas o criminoso não tinha ligações com o ataque sofrido pela família.
Caio foi internado no dia 1º de fevereiro e passou por um procedimento cirúrgico para a retirada do projétil do crânio, no dia 2 de fevereiro. O jovem estava junto com a mãe, que dirigia o carro, voltando de Magé, a caminho do Irajá, quando erraram o caminho e entraram na Estrada Porto Velho. O carro da família foi alvejado por criminosos e um dos disparos atingiu Caio Douglas na cabeça.
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