Publicado 02/05/2022 16:55
Rio - A Justiça do Rio decidiu, na tarde desta segunda-feira, converter a prisão de Sebastião Afonso Rosa de Albuquerque em preventiva. O policial militar foi preso em flagrante por ter atirado em Ailson da Silva, 59 anos, após uma discussão de trânsito em Inhoaíba, na Zona Oeste do Rio. Ailson está internado Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio.
De acordo com o Tribunal de Justiça, as testemunhas disseram que Sebastião saiu do carro segurando a arma de fogo para "tirar satisfação" com Ailson. "Em nenhum momento as testemunhas afirmam que as vítimas teriam feito menção em utilizar arma de fogo. Diversamente, ambas as testemunhas afirmam que o custodiado teria partido no capô do veículo da vítima durante a discursão, vindo, posteriormente, a efetuar o disparo de arma de fogo", afirmou o processo.
A juíza Ariadne Villela Lopes entendeu que o que as testemunhas narraram é motivo suficiente para manter a prisão do PM. "Assim, entendo que a concessão da liberdade provisória ao custodiado resta por vulnerar a ordem pública, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal", justificou.
A brica aconteceu neste domingo, 1º de maio, na Avenida Cesário de Melo, Zona Oeste. O aposentado Ailson da Silva foi atingido na barriga, durante uma briga de trânsito. De acordo com a Polícia Militar, o policial estava a caminho de seu plantão no 40º BPM (Campo Grande), quando teve a passagem impedida, porque algumas pessoas ocupavam a via. O filho da vítima, Iury Paulanti, conta que fazia um passeio a cavalo com amigos pela via e o pai acompanhava o grupo de carro. A passagem acabou provocando um congestionamento e irritado, o militar parou com seu veículo ao lado do da vítima e a xingou.
"Esse PM covarde parou do lado do carro do meu pai e começou a xingar, porque estava travando o trânsito e ele estava com pressa. Meu pai também xingou ele, ficaram os dois discutindo, mas ele estava dentro do carro e meu pai do lado de fora. Eu não vi, mas falaram que meu pai deu dois tapas no capô do carro dele e falou para ir embora. Aí, ele desceu, derrubou o meu pai no chão e deu um tiro no meu pai. Tinha bastante gente, tinha muita testemunha. Todo mundo viu", contou
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