Familiares de Ailson estão na unidade de saúde onde ele está internadoMarcos Porto/Agência O Dia

Rio - Um homem está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio, após ter sido baleado por um policial militar, neste domingo (1º), em Inhoaíba, na Zona Oeste do Rio. O aposentado Ailson da Silva, de 59 anos, foi atingido na barriga, durante uma briga de trânsito, na Avenida Cesário de Melo. O PM foi preso. 


De acordo com a Polícia Militar, o policial estava a caminho de seu plantão no 40º BPM (Campo Grande), quando teve a passagem impedida, porque algumas pessoas ocupavam a via. O filho da vítima, Iury Paulanti, conta que fazia um passeio a cavalo com amigos pela via e o pai acompanhava o grupo de carro. A passagem acabou provocando um congestionamento e irritado, o militar parou com seu veículo ao lado do da vítima e a xingou.
"Esse PM covarde parou do lado do carro do meu pai e começou a xingar, porque estava travando o trânsito e ele estava com pressa. Meu pai também xingou ele, ficaram os dois discutindo, mas ele estava dentro do carro e meu pai do lado de fora. Eu não vi, mas falaram que meu pai deu dois tapas no capô do carro dele e falou para ir embora. Aí, ele desceu, derrubou o meu pai no chão e deu um tiro no meu pai. Tinha bastante gente, tinha muita testemunha. Todo mundo viu."
Um vídeo gravado por testemunhas mostra a vítima caída no chão, depois de ter sido ferida. Desesperadas, elas tentam levantar o aposentado para prestar socorro. O homem foi levado pelo filho e por integrantes do grupo de passeio para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, de onde foi transferido para a unidade de saúde do Méier. De acordo com a direção do Hospital Municipal Salgado filho, o estado de saúde do homem é grave. 
O filho de Ailson contou ainda que o policial não estava fardado, mas vestiu a farda com a chegadada dos outros militares. "Espero que a justiça seja feita, que ele fique preso, mesmo. Infelizmente, com essa lei do homem, daqui a pouco vão acabar soltando ele, porque eu já sei como são as coisas. A gente quer só que ele fique preso e pague pelo que ele fez. Hoje foi a minha família, mas amanhã foi a família de qualquer um. Está todo mundo (da família) muito mal", desabafou Iury.