Publicado 03/05/2022 13:58
Rio - O aposentado Ailson da Silva, de 59 anos, segue internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI), em estado grave no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio, após ter sido baleado por um policial militar durante uma briga de trânsito neste domingo (1°). O idoso foi atingido por um disparo na barriga, a discussão aconteceu na a Avenida Cesário de Melo.
O PM, identificado como Sebastião Afonso Rosa de Albuquerque, foi preso e nesta segunda-feira (2), teve sua prisão convertida em preventiva pela Justiça do Rio. Ele havia sido preso em flagrante por ter atirado em Ailson.
De acordo com o Tribunal de Justiça, as testemunhas disseram que Sebastião saiu do carro segurando a arma de fogo para "tirar satisfação" com Ailson. "Em nenhum momento as testemunhas afirmam que as vítimas teriam feito menção em utilizar arma de fogo. Diversamente, ambas as testemunhas afirmam que o custodiado teria partido no capô do veículo da vítima durante a discursão, vindo, posteriormente, a efetuar o disparo de arma de fogo", afirmou o processo.
A juíza Ariadne Villela Lopes entendeu que o que as testemunhas narraram é motivo suficiente para manter a prisão do PM. "Assim, entendo que a concessão da liberdade provisória ao custodiado resta por vulnerar a ordem pública, nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal", justificou.
De acordo com a Polícia Militar, o policial estava a caminho de seu plantão no 40º BPM (Campo Grande), quando teve a passagem impedida, porque algumas pessoas ocupavam a via. O filho da vítima, Iury Paulanti, contou que fazia um passeio a cavalo com amigos pela via e o pai acompanhava o grupo de carro. A passagem acabou provocando um congestionamento e irritado, o militar parou com seu veículo ao lado do da vítima e a xingou. Ele ainda ressalta que o policial não estava fardado, mas vestiu a farda com a chegada dos outros militares.
"Esse PM covarde parou do lado do carro do meu pai e começou a xingar, porque estava travando o trânsito e ele estava com pressa. Meu pai também xingou ele, ficaram os dois discutindo, mas ele estava dentro do carro e meu pai do lado de fora. Eu não vi, mas falaram que meu pai deu dois tapas no capô do carro dele e falou para ir embora. Aí, ele desceu, derrubou o meu pai no chão e deu um tiro no meu pai. Tinha bastante gente, tinha muita testemunha. Todo mundo viu".
Um vídeo gravado por testemunhas mostra a vítima caída no chão, depois de ter sido ferida. Desesperadas, elas tentam levantar o aposentado para prestar socorro. O homem foi levado pelo filho e por integrantes do grupo de passeio para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, de onde foi transferido para a unidade de saúde do Méier.
Um vídeo gravado por testemunhas mostra a vítima caída no chão, depois de ter sido ferida. Desesperadas, elas tentam levantar o aposentado para prestar socorro. O homem foi levado pelo filho e por integrantes do grupo de passeio para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, de onde foi transferido para a unidade de saúde do Méier.
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