Publicado 05/05/2022 16:30
Rio - Os Arcos da Lapa estão na reta final do processo de revitalização feito pela Prefeitura do Rio. Nesta quarta-feira (4), as equipes da Gerência de Monumentos e Chafarizes (GMC) entraram na última etapa da manutenção, que inclui raspagem, limpeza e aplicação de cal. Dessa maneira, a finalização da reforma está prevista para o início de junho. O serviço está orçado em cerca de R$ 1,3 milhão.
As obras começaram em meados de janeiro com a retirada das pichações e do limo que se formou em alguns trechos da superfície por conta da umidade provocada pelas chuvas. Além dos trabalhadores em andaimes, uma equipe de alpinistas industriais fez a decapagem com espátula e escova de aço a mais de 17 metros do chão. Depois disso, é feita a aplicação da massa e a caiação das extremidades.
A secretária de Conservação, Anna Laura Valente Secco, explicou a importância da revitalização dos Arcos da Lapa. "Os Arcos não passavam por uma revitalização desse porte há mais de cinco anos. Estamos trabalhando em um bem tombado, que é muito amado pelos cariocas e uma das atrações mais visitadas por turistas do mundo inteiro. Zelar por nossos monumentos é preservar a história da nossa cidade e do povo carioca", comentou.
O processo foi realizado de cima para baixo, sempre nas duas faces ao mesmo tempo. Sendo assim, a parte mais perto do chão, até dois metros de altura, é deixada para o fim. Já a cor dos Arcos não vem de tinta, mas sim de cal virgem. Os especialistas explicam que esse material permite que o monumento respire e não se deteriore por trás da pintura. Além disso, a caiação é a mesma técnica utilizada na época da construção do antigo aqueduto, que, por ser tombado, precisa ter suas características originais preservadas.
A área ao redor dos Arcos da Lapa, como o pavimento da Praça Cardeal Câmara e o passeio em pedras portuguesas do entorno, também está sendo recuperada pela secretaria de Conservação. Além disso, os dois painéis do artista Selarón passam por manutenção, com pichações removidas.
História dos Arcos da Lapa
Inaugurado em 1750, o Aqueduto da Carioca, atualmente chamado de Arcos da Lapa, é a maior obra de engenharia do Brasil no século XVIII. Sua construção, em estilo romano, é feita em pedra e cal, medindo cerca de 270 metros de comprimento e 18 metros de altura, distribuídos em 42 arcos plenos, com aberturas circulares entre eles na parte superior.
Erguidos para trazer a água das nascentes do Rio Carioca até o chafariz do Largo da Carioca, a fim de abastecer a população da cidade, os Arcos da Lapa tiveram a primeira estrutura feita com canos de ferro, mas logo trocada por pedra e cal, para evitar a corrosão. Desde 1896, o antigo aqueduto serve como via para o bondinho de Santa Teresa.
Inaugurado em 1750, o Aqueduto da Carioca, atualmente chamado de Arcos da Lapa, é a maior obra de engenharia do Brasil no século XVIII. Sua construção, em estilo romano, é feita em pedra e cal, medindo cerca de 270 metros de comprimento e 18 metros de altura, distribuídos em 42 arcos plenos, com aberturas circulares entre eles na parte superior.
Erguidos para trazer a água das nascentes do Rio Carioca até o chafariz do Largo da Carioca, a fim de abastecer a população da cidade, os Arcos da Lapa tiveram a primeira estrutura feita com canos de ferro, mas logo trocada por pedra e cal, para evitar a corrosão. Desde 1896, o antigo aqueduto serve como via para o bondinho de Santa Teresa.
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