Publicado 10/05/2022 17:34
Rio - Promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), disseram durante uma coletiva, na tarde desta terça-feira (10), que o bicheiro Rogério de Andrade está na linha de investigação como o possível mandante da morte da vereadora Marielle Franco.
"A possibilidade do envolvimento de Rogério de Andrade com a morte de Marielle Franco passa a ser alvo de uma investigação do MP. Há várias linhas sendo investigadas, essa é uma delas. Ainda não há elementos que descartem essa possibilidade. Há um histórico entre ele [Rogério] e o executor [Ronnie Lessa]", afirmou o promotor Diogo Erthal.
Rogério e o seu filho, Gustavo de Andrade, são considerados foragidos. A Justiça autorizou a inclusão do nome do bicheiro na lista de difusão vermelha da Interpol.
Rogério e o seu filho, Gustavo de Andrade, são considerados foragidos. A Justiça autorizou a inclusão do nome do bicheiro na lista de difusão vermelha da Interpol.
Ao todo, 12 pessoas foram presas, 24 pedidos de prisão foram expedidos, 119 mandados de busca e apreensão foram cumpridos e 30 pessoas foram denunciadas. Outra duas pessoas envolvidas na ação são o PM reformado Ronnie Lessa e Márcio Araújo, acusado de participar da morte do contraventor Fernando Iggnácio. Vale lembrar que os dois já estavam presos. Conheça os alvos da Operação Calígula:
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Segundo o promotor Fabiano Cossermelli, um dos presos é um militar do Corpo de Bombeiros. A ação tinha o objetivo de mirar uma organização criminosa relacionada ao Jogo do Bicho. O grupo tem como membro Ronnie Lessa, preso pela execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Policiais militares e policiais civis também foram presos, sendo dois delegados: Adriana Belém, que foi alvo de um mandado de busca e apreensão e teve o pedido de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) nesta tarde, e Marcos Cipriano, que também foi preso na ação.
Na casa de Adriana, os agentes apreenderam, ao todo, R$ 1.765,300. Apenas no quarto do filho dela, a equipe encontrou R$ 600 mil em malas de viagem. Recentemente, a delegada presenteou o filho com um carro de luxo blindado. "Para quem andava de bicicleta elétrica até ontem, estar de blindado agora (...) 'Passa nada'. Agora dá licença que o pai 'tá on'", brinca o jovem no vídeo. "Agora não vou mais para a faculdade de bicicleta, estou habilitado. E tudo graças a uma pessoa: minha mamãe linda do meu coração", comenta ele em outro vídeo.
Além disso, na operação os promotores também interditaram duas casas de bingo na Zona Oeste: uma na Barra da Tijuca, e outra no Recreio dos Bandeirantes.
Policiais militares e policiais civis também foram presos, sendo dois delegados: Adriana Belém, que foi alvo de um mandado de busca e apreensão e teve o pedido de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) nesta tarde, e Marcos Cipriano, que também foi preso na ação.
Na casa de Adriana, os agentes apreenderam, ao todo, R$ 1.765,300. Apenas no quarto do filho dela, a equipe encontrou R$ 600 mil em malas de viagem. Recentemente, a delegada presenteou o filho com um carro de luxo blindado. "Para quem andava de bicicleta elétrica até ontem, estar de blindado agora (...) 'Passa nada'. Agora dá licença que o pai 'tá on'", brinca o jovem no vídeo. "Agora não vou mais para a faculdade de bicicleta, estou habilitado. E tudo graças a uma pessoa: minha mamãe linda do meu coração", comenta ele em outro vídeo.
Além disso, na operação os promotores também interditaram duas casas de bingo na Zona Oeste: uma na Barra da Tijuca, e outra no Recreio dos Bandeirantes.
Em nota, a defesa de Rogério de Andrade disse que a operação não demonstra necessidade de prisão e que é uma afronta a uma decisão do STF. Já a defesa de Ronnie Lessa diz que soube da operação pela imprensa e que precisa saber se há, de fato, alguma acusação contra seu cliente.
Já o advogado do delegado Marcos Cipriano disse que a prisão é absolutamente denecessária e que a inocência dele será provada na Justiça.
Já o advogado do delegado Marcos Cipriano disse que a prisão é absolutamente denecessária e que a inocência dele será provada na Justiça.
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