MP-RJ cumpriu 36 mandados de busca e apreensão na Operação CalígulaDivulgação

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) cumpriu, na manhã desta terça-feira (10), 36 mandados de busca e apreensão no estado na Operação Calígula, que mira uma organização criminosa relacionada ao Jogo do Bicho. Entre os alvos está Rogério de Andrade, apontado como um dos líderes; policiais militares, entre eles quatro oficiais; e policiais civis, sendo dois delegados: Adriana Belém e Marcos Cipriano. Estabelecimentos comerciais, restaurantes e imobiliárias também foram palco das buscas e são suspeitos de lavagem de dinheiro.
Confira os nomes dos alvos das buscas:
Rogério Costa de Andrade Silva, Gustavo de Andrade e Silva, Márcio Araújo de Souza, Daniel Rodrigues Pinheiro, Carlos Alexandre Andrade Pires da Silva, Márcio Garcia da Silva, Jeferson Tepedino Carvalho, Amaury Lopes Junior e Vinícius de Lima Gomez, Major Romulo Oliveira André (PMERJ), Capitão Paulo Victor Guimarães Ferreira (PMERJ), Capitão Leonardo Duque Estrada Meyer Neves de Oliveira (PMERJ), Maurício da Conceição dos Santos Junior (PMERJ), Ruth Sara de Oliveira, Robson Luiz de Oliveira Mancebo e Sara Graziele de Oliveira Mancebo foram os nomes citados, além de três restaurantes e 18 estabelecimentos comerciais na Zona Sul e Oeste do Rio.
Operação Calígula
A Operação Calígula visa uma organização criminosa entorno do jogo do bicho liderada por Rogério de Andrade e seu filho, Gustavo de Andrade. O grupo tem como membro Ronnie Lessa, preso pela execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
No apartamento da delegada Adriana Belém foram apreendidos quase R$ 2 milhões em espécie. A quantia estava alocada em bolsas de sapato de marcas de luxo. O condomínio de luxo da policial na Barra da Tijuca foi um dos alvos de busca e apreensão.
Rogério de Andrade é sobrinho de Castor de Andrade, que dominava o jogo do bicho entre as décadas de 1970 e 1980. A partir da morte do patrono, em 1997, Rogério e o genro de Castor, Fernando Iggnácio, disputavam o espólio do patriarca na Zona Oeste do Rio. Fernando Iggnácio foi assassinado em novembro de 2020 e a Justiça chegou a mandar prender Rogério, que é patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.