Publicado 11/05/2022 16:53
Rio - O ex-vereador Dr. Jairinho, acusado de ter matado o enteado Henry Borel em março de 2021, teria ligado para o delegado Marcos Cipriano, preso neste terça-feira (10) na Operação Calígula, do Ministério Público do Rio (MPRJ), pelo menos 42 duas vezes após cometer o crime. As informações são da revista VEJA. O ex-parlamentar teria enviado mensagens e realizado diversas ligações chamando Cipriano de "amigo".
Atualmente, os dois estão na Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da cidade.
As informações constam no conteúdo recuperado em dois aparelhos apreendidos pela Polícia Civil e que constam no processo no qual ele é réu pelos crimes de tortura e homicídio praticados contra a criança no dia de sua morte. Nas mensagens, os dois sempre se cumprimentam como "irmãos" e parecem combinar um encontro.
Dias após a morte de Henry, Jairinho também chegou a ligar para o governador Claudio Castro e teria falado que ao acordar naquela madrugada, o enteado já estava caído no quarto, com pés e mãos geladas e os olhos arregalados. Castro teria respondido que a Polícia Civil iria investigar o ocorrido e que não se meteria no assunto.
Segundo o MPRJ, os presos na operação atuavam em uma rede de bingos liderada por Rogério de Andrade e seu filho, Gustavo de Andrade, e acobertada por policiais. O grupo tem como membro Ronnie Lessa, preso pela execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Cipriano atuava como conselheiro da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) desde setembro do ano passado. Delegado há mais de 20 anos, grande parte da carreira como titular da Delegacia Proteção ao Meio-Ambiente (DPMA), ele estava sem cargo na Polícia Civil.
O DIA tenta contato com a defesa de Marcos e Jarinho.
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