Publicado 19/05/2022 07:35
Rio - A Vigilância Sanitária de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, interditou a Clínica de Reabilitação Caetana Greco, após um paciente atear fogo em um colchão, provocando um incêndio que deixou duas pessoas mortas nesta terça-feira. Outras sete pessoas ficaram feridas, incluindo o suspeito de ter cometido o crime — quatro delas estão em estado grave. O dono do espaço é esperado para prestar depoimento nesta sexta-feira, na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). fotogaleria
O local foi fechado por problemas sanitários. A Justiça já tinha determinado fechamento da unidade, que seguiu funcionando por conta de uma manobra jurídica.
A Secretaria Municipal de Saúde determinou que os pacientes sejam transferidos para outra unidade conveniada à clínica. Além disso, equipes do setor de saúde mental vão fazer uma força-tarefa para atender cada caso e verificar a possibilidade de alta ou tratamento em casa. Caso a transferência não seja feita por parte da clínica, os pacientes que necessitarem de internação serão inseridos no Sistema Estadual de Regulação, do governo do estado, para continuar o tratamento.
Uma das vítimas fatais do incêndio é Davi da Silva, de 28 anos. Ele sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus e morreu ainda no local. Jonas Ferreira da Silva, de 33, chegou a ser socorrido para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, mas já deu entrada na unidade intubado e com estado delicado. Ele passou por atendimento durante toda a noite, mas na madrugada desta quarta-feira acabou não resistindo aos ferimentos.
Quatro vítimas sendo um adolescente de 15 anos, que não teve sua identidade revelada, o jovem Gian Carvalho, de 19 anos, Richard Fernandes, de 23, e Douglas dos Santos, de 26, seguem internados no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste. De acordo com a SMS, todos eles estão em estado grave nesta quinta-feira. A unidade é referência no tratamento de queimados.
Vitor Paulo Teles da Silva, de 22 anos, e Vitor dos Santos, de 23, também foram socorridos para a unidade de saúde na cidade da Baixada Fluminense. Os dois sofreram queimaduras de primeiro grau no rosto, foram atendidos na emergência e estavam internados em estado estável de saúde na noite desta quarta. Ainda não há informações sobre a atualização do quadro clínico deles nesta quinta-feira.
Luiz dos Santos Renato Melo, suspeito de incendiar a clínica, recebeu voz de prisão ainda no local e foi socorrido sob custódia para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Ele deu entrada na unidade de saúde com queimaduras na face, dorso e braços, foi encaminhado para o centro cirúrgico e seu estado de saúde é estável.
De acordo com relato de outros internos a policiais militares, Luiz teria começado o incêndio ateando fogo a um colchão. As chamas se espalharam e atingiram outros alojamentos. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense foi acionada, realizou perícia no local e investiga o crime.
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