Ato acontece na porta do Hospital Estadual Getúlio Vargas e na Avenida Brás de Pina, na PenhaMarcos Porto/Agência O Dia
Publicado 24/05/2022 16:36
Rio - Moradores e parentes dos mortos e feridos na operação da PM na Vila do Cruzeiro fazem protesto na Avenida Brás de Pina, próxima ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio, na tarde desta terça-feira (24). Parte do fluxo da via, no sentido Olaria, foi bloqueado pelos grupo. Até o momento, 22 pessoas foram mortas, sendo uma moradora, e pelo menos sete ficaram feridas, entre elas um policial civil.
A manifestação acontece na porta do Hospital Getúlio Vargas, para onde os feridos e os corpos dos mortos na ação estão sendo encaminhados. Parentes dos atingidos no confronto aguardam na porta da unidade de saúde por informações.
Outra manifestação teria ocorrido no alto da comunidade, próximo a área de mata. Segundo informações obtidas por O DIA, moradores, parentes e mototaxistas estariam protestando para conseguir ir até área de mata onde ainda haveriam corpos e baleados.
Feridos

Desde a madrugada desta terça, policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizam ação em busca de líderes da facão que domina o tráfico na comunidade, que íntegra o complexo de favelas da Penha.
Dois dos feridos são considerados suspeitos. Eles passam por cirurgia na unidade de saúde. Outras duas vítimas, sendo uma mulher e um homem com ferimento no peito deram entrada na emergência do hospital durante o início da tarde. Além deles, outro baleado deu entrada na unidade após às 15h. 
Outras três vítimas, incluindo um policial civil, ferido por estilhaços enquanto realizava perícia no interior da comunidade, foram internados a passam por atendimento no hospital. O perito sofreu ferimentos no nariz, passou por cirurgia e não corre risco.
Membros da Defensoria Pública do Estado estão na porta do hospital e em outros pontos da região para prestar suporte aos moradores. De acordo com o órgão, desde o início da manhã, moradores tem acionado a Defensoria para relatar abusos e pedir socorro. Escolas e unidades de saúde no interior da comunidade estão fechados. 
"Neste contexto, a Ouvidoria e o Nudedh, estão no local auxiliando na orientação aos moradores, sistematizando as informações recebidas e solicitando ao Ministério Público e aos órgãos de controle interno da atividade policial a adoção de todas as medidas para interrupção da violência no local e garantia de investigações das mortes e violações", declarou o órgão. 
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