Feridos em megaoperação na Vila Cruzeiro foram atendidos no Hospital Getúlio VargasMarcos Porto/Agência O Dia
Publicado 25/05/2022 18:18 | Atualizado 25/05/2022 20:30
Rio - O policial civil Sérgio Silva Rosário, ferido por estilhaços de bala, nesta terça-feira (24), durante a megaoperação policial na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na Zona Norte, tem previsão de receber alta médica nesta quinta-feira (26). Rosário foi atingido no rosto e passou por uma cirurgia no nariz. O policial, que trabalha na Delegacia de Homicídios da Capital, estava na Vila Cruzeiro para fazer uma perícia.
Nesta quarta-feira (25), integrantes da Policlínica da Polícia Civil fizeram uma visita de assistência ao policial ferido. De acordo com Luiz Cláudio Cunha, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis, um policial civil internado em um hospital público está vulnerável, mais ainda em se tratando de um perito.

"Ele se encontra internado num hospital na área de influência da comunidade onde houve o confronto, inclusive, é uma das vias de entrada e é um hospital de referência no qual estão internados os criminosos que foram alvejados igualmente no confronto. Urge que a Polícia Civil tenha uma normativa de procedimentos para policiais civis atingidos em combate", lamentou Cunha.

Conforme Cunha, a condição do perito policial que se encontra internado no Hospital Getúlio Vargas, denuncia a situação em que se encontram a maioria dos policiais civis do Rio de Janeiro.

"Esse perito se encontra internado naquele hospital porque não tem um plano de saúde em razão ao baixo salário que ganha, em face às suas despesas com a sua família. A Polícia Civil não provém uma assistência de saúde e nem um hospital próprio nos moldes da Polícia Militar ou dos Bombeiros", ressaltou o vice-presidente do sindicato.
De acordo com a Polícia Civil, no que se refere a normativa para atendimento a policiais civis feridos, existe uma normativa na parte assistencial, que é prestada pela Policlínica da Polícia Civil, como atendimento psicológico aos agentes e atendimento aos seus familiares. 
A ação policial na Vila Cruzeiro, que deixou 25 pessoas mortas, sendo uma moradora, foi a segunda mais letal da cidade. A primeira foi a que resultou em 28 mortes no Jacarezinho, incluindo a de um policial civil. A ação policial no Jacarezinho completou um ano na última quinta-feira (13). As mortes desta terça-feira, na Vila Cruzeiro, serão alvo de procedimento investigatório criminal pelo Ministério Público do Rio.
A operação desta terça-feira começou de madrugada e, segundo a Polícia Militar, foi encerrada por volta das 16h40. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal(PRF) atuaram conjuntamente na Vila Cruzeiro. De acordo com a Polícia Militar, o objetivo localizar e prender lideranças criminosas que estão escondidas na comunidade, inclusive criminosos oriundos de outros estados do país (Amazonas, Alagoas, Pará entre outros).

 

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