Peruanas são presas em Copacabana com dólares e documentos falsosReprodução
Publicado 29/05/2022 15:09
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), por meio da 29º Vara Criminal, determinou, neste domingo, a soltura das duas peruanas presas com dólares e documentos falsos em Copacabana, Zona Sul do Rio. Maria Lesly Montalvo Escobar e July Felicita Montalvo usavam dólares falsos para realizar câmbio de dinheiro, compras em lojas e hospedagem em hotéis de luxo. A defesa argumentou que a dupla é primária e tem residência fixa.
Na decisão, o juiz Pedro Ivo Martins Caruso D'ippolito escreveu que o crime praticado não se trata de uma violência ou grave ameaça. Além disso, "ao menos em análise superficial, a prisão preventiva seria uma medida desproporcional". 
As peruanas deverão comparecer mensalmente à 29ª Vara Criminal, devendo informar ao juiz qualquer mudança de endereço. Elas também estão proibidas de sair de casa, por mais 10 dias, sem autorização prévia e também não podem entrar em nenhum hotel da cidade do Rio.
Nesta sexta-feira (28), as estrangeiras foram abordadas pela polícia, na Rua Souza Lima. Elas fugiam de um hotel após terem sido reconhecidas pelo segurança. Apesar de Maria se identificar como cidadã chilena, foi encontrada com ela uma cédula de identidade falsificada do Chile. July disse que era uruguaia, mas uma identidade falsificada do Uruguai também foi encontrada com a suspeita. Com as duas, também foram encontradas notas de dólares americanos falsificados.
Após denúncias, policiais da 13ª DP (Ipanema) começaram a monitorar as estrangeiras. Um vídeo das câmeras de segurança de um hotel mostra a dupla chegando à recepção. Na delegacia, as mulheres alegaram que vieram de São Paulo para praticar os crimes em Copacabana. Elas informaram ainda que adquiriam estes dólares na Praça da Sé, no Centro de São Paulo.
Duas vítimas, que ficaram sabendo da prisão das peruanas, procuraram a 13ª DP e reconheceram as presas como autoras do crime de estelionato e uso de moeda falsa, praticados nesta semana em Copacabana.
De acordo com o delegado Felipe Santoro, titular da 13ª DP, imagens, obtidas das câmeras de segurança, flagraram o exato momento em que as mulheres utilizavam os dólares americanos falsificados nas lojas e nos hotéis. Ainda conforme Santoro, as mulheres portavam documentação falsa de outros países, apontando que há uma rede por trás delas, que é especializada em falsificar dinheiro e documentos.
Leia mais