Publicado 31/05/2022 13:27
Rio - Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos, foi morta por uma bala disparada de uma longa distância, que entrou pelas costas, segundo o exame de necropsia realizado no Instituto Médico Legal (IML). A cabeleireira foi morta durante uma operação policial no Complexo da Penha, que deixou 23 mortos e é a segunda mais letal da história do Rio de Janeiro.
A morte de Gabrielle está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios (DH), que busca entender as circunstâncias dos óbitos. De acordo com reportagem do Bom Dia Rio, da TV Globo, o laudo aponta que o disparo, de alta energia cinética (fuzil), foi feito de longa distância, e entrou pela região escapular esquerda (costas), saindo pela região clavicular (frente).
Inicialmente, testemunhas disseram que a cabeleireira havia sido atingida por uma bala perdida dentro de casa, mas, para os investigadores, ela teria sido ferida em um outro local. Após a perícia, os peritos da DH chegaram a conclusão de que o corpo de Gabrielle foi transportado até o ponto em que foi encontrada, na calçada da Rua Doutor Luís Gaudie Ley, altura do número 39, um dos acessos ao Morro da Chatuba, no Complexo da Penha.
Imagens que seriam do momento em que a mulher estaria sendo socorrida foram publicadas nas redes sociais. Nela, homens aparecem levando o corpo de Gabrielle em um carro prata até a rua onde ele foi encontrado. Até o momento, os investigadores não sabem dizer qual foi o local exato em que ela foi atingida pelo disparo. O laudo ainda aponta que vítima tinha acabado de fazer uma refeição quando foi ferida.
A Polícia Civil foi procurada para esclarecer os fatos, mas até o momento não respondeu aos questionamentos.
A operação na Vila Cruzeiro, que aconteceu no último dia 23, deixou 23 mortos e quatro pessoas feridas. A ação foi realizada por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram apreendidos 14 fuzis, quatro pistolas e granadas na comunidade.
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