Publicado 11/06/2022 09:55 | Atualizado 11/06/2022 12:12
Rio - Um dia de dor e despedida para os familiares de Alice Fernandes Silva, de 51 anos. Seu corpo foi enterrado neste sábado (11), no Cemitério Jardim da Saudade de Paciência, Zona Oeste do Rio, o corpo da diarista assassinada no Flamengo, junto à patroa, Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos. As duas foram encontradas mortas na quinta-feira (09) com os corpos carbonizados e os pescoços cortados.
O velório da diarista Alice Fernandes começou às 8h, mas o corpo foi enterrado por volta das 11h20. Ainda sem acreditar no que aconteceu com a mãe, a filha caçula, Aline Fernandes, de 26 anos, comentou: “Parece que tudo isso é um pesadelo. Fico achando que vou acordar desse sonho macabro e vou dar de cara com a minha mãe, de novo, aqui em casa. É inacreditável.”
Na manhã de sexta (10), Aline tinha dito a O Dia que a família pretendia cremar Alice no Rio de Janeiro e enviar as cinzas para a Paraíba, para serem jogadas perto de onde a mãe da diarista foi enterrada há pouco mais de dois meses. Porém, a moça explicou que agentes da polícia aconselharam que não fizessem isso:
"Por conta do caso, eles não permitiram. Na verdade, me aconselharam. Como foi um crime que ainda estão investigando, não seria o ideal, sabe. E também explicaram que, por conta disso, para cremar, teria que entrar com um pedido de autorização na Justiça. Teria uma burocracia chata a cumprir. Então, optamos por enterrar aqui no Rio, mesmo."
Ainda não há informações sobre o enterro de Martha Maria Lopes Pontes, dona do imóvel e patroa de Alice.
O crime
O crime
Alice Fernandes trabalhava há mais de 20 anos para a família de Martha Maria Lopes Pontes, moradora do 12º andar do Edifício Murca, na Avenida Ruy Barbosa. As duas foram encontradas mortas com o corpo carbonizado e com os pescoços cortados, no fim da tarde de quinta-feira (09), no apartamento da Zona Sul.
No início da noite de sexta (10), um homem foi preso em Acari, na Zona Norte do Rio, por ligação com a morte das duas mulheres. Jonatan Correia Damasceno, de 32 anos, confessou a participação nos assassinatos, mas afirmou que a ideia de matar as vítimas partiu do comparsa, identificado como Willian Oliveira Fonseca, que também teve a prisão decretada e é considerado foragido.
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