Publicado 12/07/2022 09:16
Rio - Mulheres da classe artística e da política se mostraram indignadas com o crime bárbaro de estupro cometido pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31 anos, contra uma paciente durante uma cesárea no Hospital da Mulher em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Elas usaram as redes sociais para comentar o caso.
A atriz Juliana Paes escreveu: "O que aconteceu me revoltou porque estamos sempre vulneráveis a todo tipo de violência, a qualquer momento. Toda a minha solidariedade a ela". Já a atriz Giovanna Antonelli foi enfática: "Prisão perpétua ou cadeira elétrica num caso desse?". A apresentadora Eliana escreveu: "Estuprador não tem cara! Nem sempre eles estão em terrenos baldios. Eles podem estar em qualquer lugar - inclusive, em uma sala de parto. Até quando vamos sofrer esse tipo de violência?". "Devastada com essa notícia", escreveu a atriz Camila Pitanga nas redes sociais.
A autora Glória Perez publicou a foto de Giovanni sendo preso e reconheceu o inspetor que conduziu o criminoso até à Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), em São João de Meriti. "De estarrecer a história desse médico estuprando a paciente na hora do parto. Na foto, quem está conduzindo ele é o Reinaldo Leal, que me ensinou muito sobre investigação para escrever "A força do querer". E vamos continuar conversando em Travessia", disse ela se referindo a nova novela que está escrevendo.
A apresentadora Fátima Bernardes escreveu: "Que violência. Que essas imagens horrorosas sirvam pra punir exemplarmente esse criminoso".
Desembargadora e mulheres atuantes na política se posicionam
A desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio e escritora, Andrea Pachá, também comentou o crime. "Foi preciso instalar uma câmera, para que o monstro com CRM fosse flagrado, estuprando uma mulher anestesiada para cesárea. As desconfianças e denúncias, sem a imagem, seriam insuficientes e rapidamente desqualificadas. Quantas violências são necessárias até a apuração? Nojo!".
Ela também compartilhou uma outra reflexão em sua rede social:
Quem também comentou a prisão foi a irmã de ex-vereadora Marielle Franco, Anielle Franco:
A escritora Djamila Ribeiro mostrou sua revolta: "É chocante uma notícia dessa, revoltante. O criminoso Giovanni Quintella Bezerra estupra a vítima a menos de um metro da equipe médica. Ele realmente se sentia invencível, uma característica da masculinidade tóxica, de homens que desprezam mulheres".
Perfil de médico fica privado
Desde a sua prisão, no domingo de noite (10), até o início da noite de segunda-feira (11), o médico anestesista ganhou pouco mais de dez mil seguidores em uma rede social. A repercussão em números de seguidores causou uma nova onda de revolta na internet. "O criminoso anestesista que abusou sexualmente de uma mulher durante uma cesárea não para de ganhar seguidores. Quem são as pessoas que SEGUEM um cara desses? Bom, tem como OLHAR e saber. O que virou o Brasil, o que?", questionou a escritora e jornalista Rosana Hermann.
Uma internauta também reagiu: "Anestesista que estuprou a mulher parindo está ganhando seguidores sem parar no Instagram. E é essa a realidade do nosso país. Mulheres morrem, são estupradas, e as pessoas assistem e seguem sem fazer absolutamente nada. É sadico e repugnante quem da palco pra estuprador".
Na manhã desta terça-feira (12), o criminoso estava com 10 mil seguidores e teve o perfil privado e a foto foi retirada.
Giovanni se formou em medicina em 2017 pelo Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), no Sul Fluminense, mas concluiu a especialização em anestesia apenas em abril deste ano. A audiência do anestesista acontece nesta terça-feira (12). Ele está preso em um presídio em Benfica, na Zona Norte do Rio, e pode ser expulso pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) nos próximos dias.
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