Médico anestesista é preso por estuprar de grávida, durante o parto. Reginaldo Pimenta /Agência O Dia
A prisão ocorreu após enfermeiras e técnicas de enfermagem da unidade gravarem um vídeo do médico colocando o pênis na boca da paciente, que estava anestesiada durante a realização do parto.
No registro, a gestante estava deitada na maca, inconsciente, onde do lado esquerdo do lençol, a equipe médica iniciava a cirurgia, enquanto do outro lado Giovanni abria o zíper da calça, puxava o pênis para fora e o introduzia na boca da vítima.
Ao terminar o ato de violência o anestesista pegou um lençol e limpou a boca da gestante. A ação durou cerca de 10 minutos. O vídeo serviu como prova e foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
“Nós fomos acionados por conta de um vídeo registrado dentro do hospital que se documentava e via nitidiamente um estupro cometido por um funcionário da unidade contra uma paciente, mas nós não tínhamos a ideia ainda de quão violento foi essa ação, quando vimos o vídeo que tivemos a ideia real da violência, porque o crime era cometido por um médico contra uma paciente que estava anestesiada e sedada dento do centro cirúrgico”, comentou.
Gravação
“As imagens não deixam dúvida do crime que foi praticado. Essa equipe de enfermagem vinha suspeitando dos procedimentos que o médico adotava no centro cirúrgico em cirurgias anteriores, especialmente em relação a sedação desnecessária”, explicou Bárbara Lomba.
As suspeitas haviam iniciado há mais de um mês. Neste domingo (10), Giovani atuou em três cirurgias, mas as imagens foram gravadas apenas na terceira, quando a equipe que já estava desconfiada decidiu tentar filmar o que acontecia na sala de cirurgia.
“Ele trabalhou e trabalha em outras unidades mas não houve relato da mesma atuação em outro hospital, mas temos praticamente certeza que houveram outras vítimas no Hospital da Mulher de São João de Meriti, mas não descartamos que ele tenha atuado da mesma forma em outras unidades”, disse a delegada.
Ainda segundo a delegada, a vítima não prestou depoimento devido ao recente procedimento cirúrgico e também não foi comunicada sobre o caso até a manhã desta segunda-feira (11) para preservação de sua saúde. No entanto, o marido da vítima já está ciente do ocorrido.
Já foram ouvidos três integrantes da equipe de enfermagem e um médico responsável pela equipe de anestesista do hospital.
“A gravidade do caso vai muito além da vulnerabilidade da vítima porque o crime partiu de um profissional que deveria estar protegendo a vítima e que a vítima depositava toda sua confiança, esse profissional responde e fica monitorando as condições de saúde e sinais vitais da paciente, ele deveria estar preocupado em proteger e resguardar a integridade da vítima e não em violar e violentar essa paciente”
Ele foi preso em flagrante por estupro de vulnerável e ainda nesta segunda (11) será transferido para o sistema prisional e em seguida para audiência de custódia. A pena de Giovani pode ser entre 8 a 15 anos de reclusão.
Além disso, informaram ainda que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher está prestando todo apoio à vítima e à sua família.
Em nota, complementaram que esse comportamento, além de merecer repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor.
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