Médico anestesista é preso por estuprar de grávida, durante o parto. Reginaldo Pimenta /Agência O Dia
Publicado 12/07/2022 15:13
Rio - A Sociedade Brasileira de Anestesistas (SBA) e a Federação Médica Brasileira (FMB) divulgaram, na noite segunda-feira (11), carta de repúdio à conduta do médico Giovanni Quintella Bezerra, 32, preso em flagrante por estupro a paciente que realizava cesariana. O anestesista foi levado à prisão após enfermeiras filmarem o ato contra a vítima no Hospital Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
"A FMB condena a prática de qualquer tipo de ato criminoso, condenação esta ampliada à prática médica que corrompe violentamente a relação médico paciente, a proteção à mulher, o respeito aos colegas e alcança todos os princípios contidos no Código de Ética Médica", publicou a federação.
O tom foi seguido pela SBA que flou sobre a segurança do paciente como pilar principal na prática da anestesia. "Atitudes como essas são absolutamente inaceitáveis e jamais serão toleradas pela SBA, que tem o dever institucional de zelar pela boa prática do ato anestésico e segurança do paciente", disse.
Além da divulgação do documento, a diretoria da SBA convocou nesta segunda feita uma reunião extraordinária onde foi instaurada sindicância interna para apurar todos os fatos do caso.
OAB se manifesta
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), através da Comissão OAB Mulher, também se manifestou sobre o crime praticado pelo médico anestesista. "A violência de gênero contra as mulheres é a expressão mais perversa da desigualdade de gênero e constitui um grave problema na sociedade, sendo a violência sexual contra vulneráveis um dos mais execráveis crimes que exige uma postura austera, não apenas por parte das autoridades, mas de toda a sociedade no seu combate", diz nota assinada pela presidente da OAB Mulher, Flavia Pinto Ribeiro Magalhães.
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