Publicado 13/07/2022 20:52 | Atualizado 13/07/2022 20:56
Rio - Acusada de ter matado a enteada Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e pela tentativa de homicídio do irmão dela, Bruno Carvalho Cabral, de 16, a madrasta Cíntia Mariano Dias Cabral, teve a sua prisão temporária convertida em preventiva nesta quarta-feira (12). Ela está sendo transferida nesta noite da cadeia de Benfica, na Zona Norte da cidade, onde estava desde que foi detida, para o Instituto Santo Expedito (ISE), em Bangu, na Zona Oeste. Cíntia ficará alojada em cela separada, com 36 metros quadrados, para a garantia da sua integridade física.
Nesta terça-feira (12), a madrasta foi denunciada pelo Ministério Público do Rio (MPRJ). A denúncia ocorreu por meio da 3ª Promotoria de Investigação Penal da Área Territorial Bangu e Campo Grande. De acordo com a denúncia, Cíntia agiu livre e conscientemente, com vontade de matar, envenenando a comida dos enteados. A Promotoria também requereu a prisão preventiva da denunciada. O MP fluminense sustenta que há nos autos “prova cabal” da materialidade das infrações penais praticadas contra as vítimas Fernanda e Bruno.
"Após os fatos, ambos apresentaram, como pontuado no relatório da autoridade policial, sintomas típicos de intoxicação exógena por carbamato (chumbinho), quando verificados deforma simultânea”, diz um trecho da decisão.
"Após os fatos, ambos apresentaram, como pontuado no relatório da autoridade policial, sintomas típicos de intoxicação exógena por carbamato (chumbinho), quando verificados deforma simultânea”, diz um trecho da decisão.
A Promotoria reforça que a restrição de liberdade é necessária para a garantia da ordem pública e da regular instrução criminal: “Os crimes por ela praticados são extrema e concretamente graves e, por terem sido praticados em sequência, após curto intervalo, indicam a inclinação da demandada à prática delituosa, a qual oferece riscos à coletividade. (…) Os crimes foram praticados em âmbito familiar e a maioria das testemunhas poderia ser influenciada pela denunciada –sobretudo os seus filhos -, o que tumultuaria e colocaria em risco a integridade da instrução probatória”.
Cíntia nega que tenha cometido os crimes: “Os laudos periciais são a técnicos e extremamente parciais, com uma simples leitura, percebemos que não foi detectado nenhuma substância tóxica, o que estão fazendo é um malabarismo pericial para buscar algo que não existe, realizando uma espécie de achismo, onde o último laudo pericial, acessaram o prontuário da Fernanda, e afirmaram que devido os sintomas, ela foi envenenada, ocorre que os médicos que a atenderam, foram categóricos em afirmar que a Fernanda não apresentava sintomas de envenenamento, ressaltamos que o exame toxicológico da exumação do corpo da Fernanda, foi negativo para qualquer substância tóxica”, informaram, em nota, os criminalistas Carlos Augusto dos Santos e Raphael Souza, que representam a madrasta.
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