Publicado 14/07/2022 13:06
Rio - A Justiça do Rio decretou a prisão temporária dos cinco suspeitos de envolvimento na morte de Cauã Neres das Chagas, de 17 anos, em Santa Cruz, na Zona Oeste. O adolescente foi espancando até a morte e jogado dentro de um rio no último sábado (10), por causa de uma briga motivada por um celular.
O corpo de Cauã foi encontrado nesta quarta-feira (13), no Rio Guandu, no local onde os cinco acusados, identificados como Ricardo dos Anjos Camargo, Wesley Silva Nascimento Carvalho, Gabriel Werneck Guimarães, Gustavo Henrique Frazão Romão e Jorge Mendes Macedo, disseram que jogaram o jovem. Todos eles confessaram o crime à polícia.
De acordo com o delegado Fábio Luiz Souza, titular da 36ª DP (Santa Cruz) delegacia responsável pelo caso, os cinco amigos, apontados como os autores, teriam agredido o jovem após suspeitas de que ele poderia ter roubado o celular de um deles.
O caso ocorreu após os grupo deixar o bar onde estavam e se encaminhar para outro e, ao chegaram no local, serem abordados por PMs e perceberem que o celular de um deles havia sumido. De acordo com as investigações, Cauã se manifestou em ajudar e encontrou o aparelho perdido, o que despertou a desconfiança dos amigos.
O grupo, então, resolveu "dar um susto" no jovem, o colocaram dentro do carro e começaram a espancá-lo, indo em direção ao rio. Segundo o delegado Fábio, ao chegaram na beira das águas, dicidiram matar o menino, que já estava muito machucado, com medo de que ele os denunciasse. Então, o jovem foi estrangulado com a própria camisa, teve a barriga aberta e teve pedras amarradas em seu corpo, após isso, foi jogado dentro do Rio Guandu.
Os cinco acusados foram encaminhados ao sistema prisional, onde ficarão a disposição da Justiça.
Vanessa Neres, mãe de Cauã, lamentou a morte do filho de forma tão brutal. "Meu filho era inocente. É muito triste, é uma crueldade muito grande o que fizeram com meu filho! Fico pensando que ele sofreu muito, muito mesmo. Mas a Justiça está aí, e eu vou lutar para que eles tenham a maior pena, porque o que fizeram com meu filho não se faz com ninguém, nem com bicho", expôs.
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